segunda-feira, 29 de julho de 2013

Entre estrelas e oásis.


Hoje era pra ser um dia normal, como outro qualquer, mas você faz questão de por minha vida de pernas para o ar quando eu acredito estar tudo bem.  Não estava esperando a sua ligação, na verdade, desde que você foi morar do outro lado do mundo  você parou de me ligar e isso era bom por que eu estava te tirando do meu pensamento fora o fato de não sentir mais a necessidade de te ver cotidianamente para sorrir.  Só que tudo não pode ser perfeito, você tinha que me ligar, tirar minha paz,  me deixar sem dormir, e pior, me fazer chorar.

Meu celular começou a tocar e Dora o pegou em cima da mesa, lembro-me dela ter dito ‘’Nossa! como você está importante, Ava. É uma ligação internacional!’’. Em nenhum momento passou pela minha cabeça que fosse você, cheguei até a pensar que poderia ser os pais da intercambista que vai chegar na próxima semana a minha casa.  Gelei quando ouvi a sua voz, rouca e grava, sedutora, tão você. As coisas que você me disse, ah as coisas que você me disse, até agora me tiram o chão.

De inicio não entendi o porque você estava pagando uma fortuna nessa ligação para me contar que tinha ido no deserto do Saara. As coisas começaram a ficar mais claras quando você começou a narrar a sua descoberta. ‘’ Ava, só agora eu pude entender as coisas. Meu coração sempre foi um deserto, sem vida, no qual eu, durante toda a minha vida, tentei atravessar. Durante essa travessia, tive algumas paixões, na verdade ilusões, e no meu deserto essas paixões foram miragens... igual aquelas dos desenhos animados, que quando nós nos aproximamos descobrimos que são falsas; isso foi calejando meu coração, e comecei acreditar nenhuma miragem é verdadeira, todas são meras ilusões. Até conhecer você, Ava! Quando te conheci, nasceu um broto no meio da areia seca e quente. Essa plantinha foi crescendo, tomando proporções enormes, formando um Jardim, um  oásis, algo verdadeiro e vivo no meio desse deserto de coisas mortas e ilusões. Não destrua esse oásis no meu coração, não rejeite o meu amor.... Agora tenho que desligar, só liguei para te falar isso. Até mais'' Não pude falar nada, a ligação era internacional e você que tinha muitas coisas a me dizer, e suas palavras tiraram a minha paz.

Será que isso é correto? Logo agora que eu estava começando a acreditar que seu nome, Kraz, era apenas um plagio de uma estrela da constelação Beta Corvi, você me diz todas essas coisas e faz isso com o meu mundo.  Agora a minha maior vontade é correr de volta para os seus braços, porque, infelizmente, voltei a sentir que não consigo ser ninguém fora deles. Kraz, logo agora que eu estava conseguindo te esquecer, conseguindo seguirem frente, você faz com que tudo o que eu sentia por você volte  com muito mais força.

Neste momento é madrugada, e eu estou sentada no telhado, lembrando de você, procurando a  estrela que leva o seu nome, estrela que você me deu de presente logo depois da primeira vez que nos beijamos. Lagrimas teimosas molham meu rosto, só eu sei o quanto eu também te amo, mas somos tão complicados e brigamos tanto; agora você está do outro lado do mundo e desaparecem da minha cabeça todos os motivos das nossas brigas e só ficam os momentos bons em que eu fui estupidamente feliz e apaixonada, sabe qual é o pior? Tudo isso me faz sofrer por não te ter ao meu lado. Como seria mais fácil se eu só me lembrasse do seu ciumes doentio.

Ah! Nossas confusões de amor. Kraz, eu quero que você saiba: Sempre serei seu oásis e eternamente você será a minha estrela.

sábado, 29 de junho de 2013

E você não vai amar mais ninguém.


Aquela era pra ser uma reunião como outra qualquer com o pessoal da faculdade, mas algo estava muito diferente.  Nas ultimas semanas havia reparado como Alberto estava estranho comigo, o comportamento suspeito começou logo após o termino do namoro dele, cheguei a a flagra-lo duas vezes com os olhos fixos no meu decote. Agora estávamos ali, bêbados, ele me amparava para que permanecesse de pé; não tive como não reparar que suas mãos se aproveitavam da minha situação para se passear pelo meu corpo, nem dei muita atenção pois não estava em condições de protestar.
Alberto disse que eu iria parar com a bebida, não protestei, sabia que a muito tempo havia passado dos meus limites, já o restante dos meus amigos ainda me ofereciam mais uma dose de vodka pura.  Começamos a jogar bicho que bebe, mas eu já estava tão bêbada que decidiram para mim seria imposta uma prenda, inicialmente concordei, mas quando mandaram eu dar um beijo em Hugo disse que não faria.  Comecei com o meu discurso moralista de que tinha namorado e não o trairia.  Me chamaram de careta, de falsa puritana e dentre outros apelidinhos ''carinhosos''; foi então que disse a todos que não trocaria o amor de Philipe por 30 segundos de aventura, e que se um dia caísse na tentação de trair seria com muito mais que um beijo.
Mudamos a brincadeira e partimos para o jogo da verdade. Escutei barbaridades da vida de todo mundo, e finalmente chegou na minha vez. Todos os presentes sabiam que eu era virgem, então me perguntaram o quão longe eu já tinha ido com Philipe. ''Queridos, não tem longe com Philipe, ele me respeita tanto que até parece que ele que é o donzelo da relação... Nunca passamos do beijo, nem a mão na minha bunda ele coloca'' foi o que respondi, fazendo todos rir.  Não demorou muito para que os quadros se invertessem, todos, com a exceção de Alberto, começaram a ficar bêbados e eu acreditava ficar sã.
-Vamos pra piscina- propôs Lauren, boa parte foi, restando apenas Agatha (que dormia), Alberto e eu.
-Quer saber de uma, eu vou para a sauna.... Vai que me ajuda a curar do porre- comentei, tentando me por de pé, o que realmente foi inútil já que o efeito do álcool ainda me deixava tonta.
-Essa historia de você ficar bêbada e não conseguir se por de pé é foda. Se apoia aqui em mim que eu vou com você- Pus meus braços em volta do pescoço de Beto e ele me carregou até a sauna
Deitei no banco de madeira enquanto o observava  ligar a sauna.  Não demorou muito para que aquele lugar estivesse fervendo, eu suava como nunca.  Alberto não desgrudava os olhos de mim.
-Acho melhor você tirar essa blusa, quero ver como vai pra casa ensopada de suor.
- Até faria isso, mas não consigo alcançar o zíper na parte de trás.- reclamei
- Deixa que eu te ajudo.
Senti o corpo dele se aproximando, suas mãos pousaram em minha nuca e começaram a abrir a minha camisa.  Quando a peça escorregou pelos meus braços senti lábios quentes tocarem minhas costas, foi impossível não sentir um arrepio, aquela caricia continuava e me levava a loucura. Ninguem nunca soube que aquele era meu inusitado ponto de prazer, nem mesmo eu.  Beto subiu um pouco os beijos, até chegar na curva do meu pescoço e me mordiscar.
-Me deixe te beijar, Vivian- ele sussurrou no meu ouvido.
-N-ãa-o pos-so- Eu gaguejava. Senti mãos firmes agarrando minha cintura e enquanto aquela boca voltava a tocar minha pele
-Só vou parar quando você deixar- me informou. Dedos atrevidos chegaram ao meu biquine e brincavam com meus seios, com as ultimas forças que me restavam segurei-os firmemente e os coloquei na minha barriga.
-Não posso trair Philipe- Disse com um fio de voz.
-Eu não vou desistir- Finalmente virou-se de frente pra mim e agarrou meu rosto.  Aqueles olhos castanho claro encaravam o castanho escuro dos meus, o desejo transbordava de ambos, nossas respirações estavam descompassadas. Beto me beijou.
O beijo começou com um simples roçar de lábios e foi evoluindo até se tornar sofrego e voluptuoso. Mãos, um milhão de mãos percorrendo o corpo um do outro.  Os lábios dele desceram em direção ao meu colo, senti o nó do meu biquine fogar, liberando os meus seios pequenos e enrijecido devido a tamanha excitação.
De repente, me veio um surto de sanidade, o que eu estava fazendo? Realmente estava trocando o amor de Philipe por uns amassos na sauna?O que? eu estava na sauna, e nenhum de nós dois havia trancado a porta? A muito custo me desvincilhei de Beto e tranquei a porta. Fiquei olhando-o e pensei ''estar aqui é o que eu quero''; por mais que Philipe fosse um príncipe encantado ele nunca fez com que eu me sentisse tão desejada quanto naquele momento. Após fita-lo fui em sua direção e o tomei num beijo como se dependesse daquilo para sobreviver.
Quando dei por mim já estava montada em seu colo, uma se suas mãos apertava meu seio enquanto o outro estava sendo mordiscado e chupado com volúpia.  Comecei a sentir a excitação  dele entre as minhas pernas. Desmontei do seu colo e o puxei para que deitasse sobre mim,  meio desajeitada, levei a minha mão até o volume da calça dele, mas parei. Não sabia o que fazer.
-Você não sabe o que fazer, né?- Dizendo isso, ele pegou a minha mão e colocou sobre o membro dele,  me guiando num vai e vem ritmado
De maneira ágil, ele desabotoou o meu short e começou a dedilhar a minha intimidade, causando em mim uma onda de prazer. Arqueei as minhas costas de maneira involuntária, meu corpo já não respondia mais ao meu comando, a unica coisa que ele respondia era ao toque de Alberto.  Não percebi quando foi que ele arrancou meu short e a calcinha do meu biquine; seus lábios vieram de encontro ao meu ponto mais intimo e naquele instante eu senti um prazer que jamais imaginei existir.  Mudamos de posição, ele fez com que eu ficasse de pé com uma das minhas pernas no seu ombro enquanto ele continuava ajoelhado.  Era tanto prazer que meus joelhos vacilaram, Beto percebeu e resolveu parar o que estava fazendo, começou uma trilha de beijos pelo meu corpo até chegar na minha boca onde eu pude sentir o sabor da minha intimidade em seus lábios.
Achei que seria justa uma retribuição,puxei-o até onde estava o banco e me sentei, ficando na altura do seu membro. Fitei-o com um pouco de receio.  Com a ponta da língua toquei a glande, conhecendo o ''caminho'', até que tomei coragem e coloquei-o na boca.  Até que chegou um momento em que Beto puxou o meu cabelo fazendo com que eu parasse o que estava fazendo.
-Não deixe os deus dentes roçarem ''nele'', isso doí e machuca.- me aconselhou, logo em seguida fez sinal para que eu voltasse a fazer o que continuasse o que estava fazendo. Mas não demorou muito para que ele mais uma vez ele me interrompesse - Para, eu vou gozar.
Beto ofegava, me encarava, foi então que mais uma vez ele me possuiu num beijo.  Ouvimos alguém batendo na porta da sauna.  Rapidamente vesti o meu biquine e Alberto colocou a bermuda dele, o resto da minha roupa não seria necessário. Era Agatha que tinha acabado de acordar e resolveu passar um tempinho na sauna pra cortar o efeito do álcool.
Ficamos calado, e só nesse momento eu pude pensar no que havia feito. Troquei quem me ama por um momento de prazer, o pior de tudo é que eu não estava arrependida.
Chegou a minha hora de ir embora, pedi que alguém me levasse no ponto e nenhum dos meu amigos se voluntariou, pois nenhum deles estava em condições para isso.  Beto, por fim, disse que me levaria e esperaria eu pegar o taxi.
- Ninguém precisa saber o que aconteceu ente nós dois...- Ele disse ainda no elevador.
-Não vou lhe pedir em casamento só pelo o que aconteceu entre nós dois- ele riu pelo nariz- mas não me peça pra fingir que o que aconteceu não existiu. Não precisa que outras pessoas saibam, eu sei e você sabe isso já basta. Eu trai Phillipe, e por mais que ninguém saiba eu não vou conseguiu olhar nos olhos dele.
-Você vai terminar com ele por causa do que rolou entre a gente? você não acha que está exagerando?
-Não, não estou exagerando. Vou terminar com Philipe, mas não se preocupe, não vou grudar em você - Acenava para o táxi, mas todos passavam direto.
- A minha preocupação não era essa, mas não vejo o por que você terminar com ele por causa de um deslise. Mas já que você não consegue ver as coisas do mesmo jeito que eu vai terminar com Philipe, saiba que eu estou disponível pra ser seu amigo colorido.- Não tive como conter meu riso.
Um táxi finalmente parou,mas não dei o meu endereço para o taxista. Fui pra casa do meu futuro ex-namorado, ainda havia muitas coisas a serem colocadas no lugar.
- PHILIPE!- gritei para que ele aparecesse na varanda. - PHILIPE! PHILIPE!
-Vivian?- disse ao sair na sacada- O que você está fazendo aqui?- ele pediu.
Fiz sinal para que descesse. Ele veio querendo me tomar num beijo, não deixei. Precisava ser direta, rodeios só me torturariam, contei toda a verdade. Senti a mão dele pousar no meu rosto, forte e doloroso, aceitei o tapa, eu estava errada e aquilo era pouco diante o que tinha feito. No instante seguinte fui tomada num beijo, voluptuoso e ardente, de maneira como ele nunca havia me beijado.
Não me pergunte como, mas quando dei por mim estávamos no sofá da sala, o corpo dele fazia peso sobre o meu. Sem preliminar, sem carinho, sem cuidado, ele me penetrou e se movimentava como um cachorro no cio. Gozou e colocou o short de volta.
Ajeitei as minhas roupas. Ele não demonstrava nenhum sentimento, já que era assim não me demonstraria fraca também. Caminhei em direção a porta, foi quando senti-me agarrada de maneira grosseira.
-Onde você pensa que vai? - Não pude responder a pergunta dele, pois estava intimidada por aquele olhar... Aquilo nos olhos dele era raiva?- Me responda! -Ele gritou.
-já não acha que foi o bastante?- foram as únicas coisas que consegui dizer.
-NÃO!- ele estava fora de si- EU TE AMEI, TE RESPEITEI, ACREDITEI QUE FOSSE O MEU ANJINHO, MUNHA PEQUENA, MEU AMOR, E COMO VOCÊ ME RETRIBUI? COM UM PARDE CHIFRE NA TESTA.  TE COMER E TE LARGAR É POUCO, QUERO QUE VOCÊ SOFRA COMO EU ESTOU SOFRENDO.
Ele me apertava, me sacudia, e chorava. Não iria pedir para ele me perdoar, o que fiz não tinha perdão, mas também não iria dizer que me arrependia, não mentiria para mim.
-Philipe, me desculpa por te fazer sofrer, mas eu não me arrependo de nada que fiz.
-Era sexo o que queria?era prazer? por que você não me falou? se era isso o que você queria eu poderia lhe dar- Neste momento  Philipe me largou e começou a esconder o rosto, provavelmente estava chorando.
-Esse tipo de coisa não se pede, se faz....
-Eu nunca tentei nada por que te respeitava, e achava que no momento certo você me daria o sinal. Ou você achou que eu não te desejo? Só que eu te amo o suficiente para esperar por você, mas você não entendeu isso e foi chupar outro cara. - Agora consegui entender o que se passava com Philipe, ele estava com uma confusão de sentimentos.
-.... Philipe, eu quero terminar...- No instante seguinte  ele estava agarrado as minhas pernas, soluçando
-Eu te amo, eu te perdoo, aceito a traição, mas não me abandona- Aquelas palavras me deram nojo e pena.
-Não Philipe- Ajudei-o a levantar- você não merece isso, você merece alguém que não faça com você. - Dei as costas e caminhei em direção a porta. Meu erro!
Senti uma forte pancada na cabeça, que me fez cair. Não conseguia me por de pé, e muito menos encontrei força para gritar. Philipe me amordaçou e amarrou as minhas mãos. Fui arrastada até a cozinha, meus olhos transpareciam o medo. Ele sumiu do meu campo de visão.
-Você deveria ter sido mais grata com o amor que eu te dei.- Lipe comentou, sua voz tinha uma entonação psicopata. - Você não me amou, Vivian. Agora não vai amar mais ninguém!
Philipe se aproximou de mim, segurava um algodão embebecido em, pelo o que aparentou o cheiro, álcool iodado; ele começou a limpar o sangramento ocasionado pela pancada. Ficou alguns minutos a me fitar e a acariciar meu rosto.
-Vivian, meu amor, me desculpe...- Ele se distanciou de mim, e voltou com uma seringa em suas mãos- Eu sei que você tem medo de agulhas, mas essa é uma maneira rápida de fazer isso.
Ele apertou o meu pulso, fazendo com que as veias da minha mão ficassem dilatadas, logo em seguida, mesmo eu me debatendo,  me injetou ar.  Ele puxou a mordaça que me calava, e me encarou.
-Eu te amo, Vivian. Pena que as coisas acabaram assim.
Philipe selou meu lábios.
Uma fisgada se fez em meu peito, comecei a tossir involuntariamente. Por fim, a minha visão ficou fosca e parei de sentir.

terça-feira, 11 de junho de 2013

E quem deve pagar o motel?


Estava conversando com umas colegas de faculdade, e uma delas me contou que algo que havia acontecido com ela que eu me senti obrigada a compartilhar com vocês. Minha amiga (que por questão de privacidade vamos chamar de Marina) relatou uma situação pode criar polemicas entre as mulheres maxitas e as feministas, mas foi um fato engraçado e eu tenho a necessidade de contar.

Estávamos falando sobre um peguete de Flavia, que havia reclamado sobre o preço do motel, foi então que ela começou a dizer que a gente nem ia acreditar o que tinha acontecido com ela. Então ela começou a narrativa: '' Eu liguei pra Luan e perguntei se Amante tinha direito a presente de dia dos namorados, ele disse que tinha e eu fiquei toda feliz. Quando perguntei o que iria ganhar, ele simplesmente respondeu que iriamos para um motel.... Nessa hora eu fiquei meio muxoxa, onde já se viu ir no Motel ser presente? Mas ele escolheu uma data especial, aí deixei pra lá, mas quando ele disse que essa ida seria diferente eu pedi logo pra ele por os pontos nos ''i's''. Luan me perguntou se eu ia pro motel a pé ou  de taxi com o meu namorado, respondi a verdade, que íamos a pé já que Gustavo não tem carro; foi então que ele disse que iriamos de carro. Adorei a noticia, mas foi então que o desgraçado disse que eu que teria que pagar o Motel. Para tudo, Produção!?! Como assim eu vou ter que pagar o Motel? Já sou amante, vou gastar minha gilete, minha lingerie, ele que vai me comer e eu ainda tenho que pagar o motel?''

Flavia disse que no momento que algum cara pedisse pra ela pagar o motel acabava o amor na hora, não tive como não rir. Mas realmente, toda essa situação é extremamente engraçada ainda mais que não faço a menor ideia de qual seria a minha reação se um homem pedisse uma coisa dessas pra mim.

Contei essa historia a um casal amigo meu, e Isaac disse que não tinha nada demais nisso e ainda me perguntou se não eram nós mulheres que queriam os direitos iguais; Dora (a namorada dele) o olhava, basicamente espumando de raiva, e então explodiu dizendo que na próxima vez ela pagava o motel, mas ele teria que deixar que ela metesse uma cinta peniana nele afinal de contas ela desejava direitos iguais.  Logo em seguida Dora argumentou que era uma questão de cavalheirismos e não de direitos iguais.

Confesso que mesmo depois de tanta conversa continuo sem opinião formada. Mas por via das duvidas, caros amigos, paguem o motel para as suas namoradas.  É melhor pagar o motel e se divertir do que deixar ela pagar e não aproveitar nada, por cauda do aborrecimento da sua companheira. 



sexta-feira, 31 de maio de 2013

Banheiro, beijo, e meu melhor amigo.


Não era como das outras vezes, eu estava perdidamente exitado com aquela situação. Nunca me imaginei  que estaria trancado no banheiro com o meu melhor amigo trocando beijos sôfregos. O toque de Silas eram mais brutos do que os de outras garotas com que eu ficado; nós brigávamos entre os beijos, para ver quem teria o controle da situação. Estava gostando daquilo mais do que havia gostado de outras garotas.

Não sei o que vai acontecer comigo assim que sairmos desse box do banheiro. Não sei se terei coragem de olhar nos olhos dele novamente, mas eu estou aproveitando cada segundo com ele. 

Como vinhemos parar aqui? Foi por causa de doses exageradas de vodka, e um desejo incontrolável que se apossou nos corpos de ambos. Tudo isso é uma loucura, loucura a qual eu estou adorando. 

De repente eu ouço o meu celular tocar, é minha mãe, sou obrigada a atender.  Ela me diz que minha namorada estava me esperando pra sair. Digo a Silas que tenho que ir, ele me beija languido e suas mãos deslizam, atrevidas, pelo meu corpo pedindo pra eu continuar onde estava e o que estava fazendo. Fui obrigado a dizer adeus com vontade de ficar. 

O meu amor


Apaixonada, essa era palavra que descrevia.  Nunca fui do tipo de garota que andava como uma tola apaixonada, mas dessa vez era diferente, eu estava assim e não tinha vergonha nenhuma de assumir a minha situação.
Abri meu facebook pra postar uma frase altamente melosa. Na mesma hora apareceu uma notificação dizendo que Teresa tinha curtido meu status, foi aí que olhei na minha lista de amigos e vi que minha melhor amiga estava online.
Lucia: Amigaaaaa, como vai vc?
Teresa: Tô ótima! Luci, sabe o que eu reparei? Eu, que sou sua melhor amiga, não conheço o seu namorado
Lucia: É verdade.... e nem eu conheço o seu.
Teresa: Isso só pode ser o Fim do mundo
Lucia: deixe de drama.... Esse encontro só não aconteceu por que estamos muito ocupadas com a faculdade, mas vamos resolver isso hoje! Vou  pra Camaçari assim que acabar a aula aqui na faculdade, você leva seu namorado e eu falo com Carlos. Ok?
Teresa: tudo bem. Então a gente se encontra naquele restaurante que fica perto da rodoviária?
Lucia: Isso mesmo!
Teresa: Amiga, agora eu tenho que ir. Bjos
Lucia: até mais tarde
Assim acabou a nossa conversa. Desconectei da minha rede social e liguei pra Carlos, seu telefone deu ocupado. Resolvi que falaria com ele na faculdade.
Quando entrei na sala vi meu amigos, sentei junto para participar da resenha.  Não demorou muito vi meu amado adentrar na minha sala.  Vê-lo era como estar num desenho animado, sabe quando saem coraçõesinhos dos olhos e a outra pessoa brilha como o sol? Era exatamente assim que  as coisas aconteciam comigo.
Deixei meu amigos e fui ficar com ele. Comentei com ele que queria que ele fosse conhecer a minha melhor amiga e o namorado dela, mas ele disse que não podia pois tinha muita coisa pra fazer no estagio. Argumentei que o restaurante era em Camaçari, perto do lugar onde ele iria estagiar, mas Carlos continuou dizendo que não poderia ir. Minha única alternativa foi aceitar.
Assim que acabou a aula peguei o ônibus lotado, ao descer na rodoviária de Camaçari avistei Teresa.  Caminhamos em direção ao restaurante, ela  me contou que Jorge iria se atrasar um pouco e ficou um pouco triste quando eu disse que Carlos não iria.
-Lucia, eu acho que o seu namorado é imaginário- ela comentou entre risos, enquanto esperávamos o drink
- Oxe Teresinha, por que você acha isso?- questionei rindo antecipadamente do que ela iria dizer.
- Você não tem nenhuma foto com ele, ele não tem facebook e nenhuma outra rede social, e eu não conheço o seu namorado.
- Teresinha, se manca, você acabou de descrever o seu namorado também! – Ela ria tanto quanto eu.
- Mas o meu você vai conhecer hoje. Cheque Mate! -  Continuamos rindo, até eu sentir a necessidade de contar o quão seu estava feliz e apaixonada.
-Eu estou tão apaixonada, bem mais do que eu era aos meus 15 anos pelo Thom- Péssimo exemplo, ou ótimo, não sei.
-Você era louca por aquele garoto,  mas sabe eu também estou perdidamente apaixonada. Acho que dessa vez eu encontrei o meu boy magia, ele é meu amor, e o meu amor tem um jeito manso que é só seu-  vi a minha amiga rir pelo nariz- e que me deixa louca, quando me beija a boca minha pele toda fica arrepiada, e me beija com calma e fundo até minha alma se sentir beijada.
-Amiga, não é só você que tem o privilegio de se sentir assim, por que o meu amor também amor tem um jeito manso que é só seu, que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes... Depois brinca comigo, ri do meu umbigo e me crava os dentes – Vi Teresa rir constrangida. Ela sempre foi mais certinha, e eu a depravada.- Não me olhe com essa cara Teresa, eu sou a menina dele e ele é o meu rapaz... sabe, meu corpo é testemunha do bem que e me faz. E para de me olhar com essa cara, até parece que Jorge não te deixa assim?
-Não vou mentir para você, ele tem um jeito que me deixa maluca, quando me roça a nuca e quase me machuca com a barba mal feita... e de pousar as coxas entre as minhas coxas quando ele se deita.
-Pode morrer, por que o seu é bom, mas o meu é melhor por que ele tem um jeito de me fazer rodeios, de me beijar os seios...Me beijar o ventre e me deixar em brasa ele desfruta do meu corpo como se o meu corpo fosse a sua casa.
A conversa fluía de maneira que eu nem conseguia reconhecer minha melhor amiga. Ela estava mais leve, mais solta, mais feliz. Esse tal de Jorge realmente estava fazendo bem a ela.

O sorriso de Teresa aumentou consideravelmente. – Ele chegou!- ela comentou
Levantamos, antes de me virar ele a tomou num beijo. Quando finalmente viraram e eu pude ver se rosto meu mundo simplesmente desabou. No rosto dele ficou estampado uma expressão de desespero.
-Esse aqui é Jorge, meu namorado, e essa aqui é Lucia, minha melhor amiga- Tereza disse com um sorriso radiante
-Eu sei quem ele é!- Afirmei amarga, lagrimas fugiam dos meus olhos
- Lucia, não!- Ele pediu
-Voces se conhecem da onde?- Minha melhor amiga pediu, já demonstrando nervosismo.
-Ele, o seu querido Jorge, é o meu namorado Carlos- Eu gritava, e Teresa caiu no choro.- Como pudemos ser tão bestas? Claro, Carlos Jorge fez tudo muito bem feito.
- Eu posso explicar... – ele, mais uma vez, pediu
- Seu desgraçado- Teresa foi para cima dele desferindo golpes, que de nada adiantaram. Ele a agarrou pelos pulsos- Me solta!
-Vai embora, Carlos Jorge. Vá agora! – Exarcebada, gritei.
Ele a soltou. Não tentou dizer mais nada, pois não tinha nada a ser dito. Abracei Teresa e ela me retribuiu. Choramos juntas enquanto todos ao nosso redor nos observavam
- Por que ele fez isso?- me perguntei inconsolável.
-Não sei, eu estou destruída.
-Mas a gente vai encontrar alguém certo.
-Eu fui a sua menina, ele foi o meu rapaz...- Teresinha disse inconformada.

-Meu corpo foi testemunha do bem que ele me fez.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Essa Pequena

Imagem censurada! 
Isso aqui não é um site porno, mas a tatuagem dela é tão a cara da Juliana que eu tive que postar!

Quantos anos eu levei pra consolidar minha carreira como advogada? Já não lembro, perdi a noção do tempo, na verdade eu não tenho tempo para mais nada, meu tempo é curto alem do fato de viver sob constante estresse, estresse esse que fez com que os fios branco aparecessem precocemente  dano ao meu cabelo uma tonalidade cinza, cinza esse que faz com que eu aparente ser mais velha do que realmente sou. Quando chego em casa vejo Julianna jogada no sofá, ouvindo seu CD Player, curtindo o seu tempo que sobra. Ela não repara a minha presença, encosto-me na porta e fico a admirar sua beleza de 19 anos e como não me encantar? Cabelo laranja e volumoso, pele alva, tatuagem em forma de arco-iris em baixo do seio direito, simplesmente linda. Impossível não se apaixonar todos os dias.

-Bom dia Doutora Yolanda! - Disse com aquela maneira languida que me deixava louca.- Não tinha te visto aí.
-Estava te admirando, simplesmente gosto de te olhar - Julianna caminhou até mim. Como ela ficava linda  andando pela casa vestindo apenas uma calcinha calesson. Ela caminhou até onde eu estava e eu puxei-a pela cintura e lhe dei um beijo.

Em meio a caricias, afagos e suspiros conseguimos chegar até o quarto. O corpo pequeno e delicado de Julianna entrava em atrito com o meu de maneira selvagem. Tenho que assumir, aquela adolescente me satisfazia como ninguém. Enquanto estava sendo levada pela língua dela ao ápice o celular tocou, mas isso não impediu que continuassemos, mas o toque impertinente do celular, infelizmente, é insistente.

-Julianna, atende o seu telefone, com ele tocando eu não consigo me concentrar ''nisso'' - Reclamei, ela prontamente atendeu o celular.

'' Alô! ... Oi Paulo....'' Pude ouvir o inicio da conversa, mas ela saiu do quarto, indo em direção a sala, provavelmente consultar algum papel da faculdade.

-Lana, vou ter que sair!- Me comunicou quando retornou ao quarto, deixando-me um pouco frustrada. - Quer ir comigo?

- Não posso Julianna, tenho que ir para uma audiência daqui a pouco.

-Ôh Lana... - Apesar de adorar o apelido que tinha me colocado eu a olhei com reprovação- Ok, tudo bem Doutora Yolanda.

Sentei na cama e a vi  vestir um short curto de cor verde, uma bata branca, sapatilhas pretas, e para completar o look  o seu fone colorido. De maneira rápida ela saiu. Tenho medo de que nossa historia não dure muito, que eu seja apenas uma estação pela qual o trem da vida dela irá passar; tudo isso me assombra por que eu sou tão feliz com ela.

Quando retornei do escritório Juliana ainda não tinha chegado, me preparei para dormir; não vi quando ela chegou em casa, mas quando eu acordei a encontrei deitada ao meu lado. Fiquei com pena de acorda-la, entretanto o fiz. Como de costume, ela não tinha feito as comprar, então a chamei para tomar café na Padaria da esquina.

-Quero saber quando vou fazer alguma refeição em casa!? - reclamei

-Ah Lana... largue de ser mesquinha e é tão mais pratico comemos aqui todos os dias, e você canguinha desse jeito, que não gosta de pagar nem o cafezinho na padaria da esquina vai se dispor quando para ir comigo para a Florida? - Ouvi ela argumentar enquanto bebericava o seu café com leite.

 _ Já lhe disse que meu problema é o tempo. Não tem como eu pedir ferias no escritório agora. - Percebi quando ela soltou um muxoxo em desaprovo.

Mudamos o rumo da conversa, quis conversar sobre  coisas do cotidiano, mas, no fundo, era quase um monologo:

- Lana, ele tentou me trolar, mas tipo: quem ele pensa que é? Eu sou uma diva, eu sensualizo,  e ele não passa de um flácido frustrado....

Não entendia muita coisa do que ela falava, mas fiquei a contempla-la. Como aquela beleza me trazia leveza. Mas em algum momento eu teria que sair dali,por isso contava os segundo para o momento em que  teria que voltar ao trabalho.  Enquanto deixava ela na porta da faculdade de cinema a aconselhava a aproveitar tantas horas livres que ela tinha para fazer um curso de edição de filmagem nível profissional. Tinha que cuidar do futuro dela.

Quando chegou a noite, eu estava cansada como de costume, mas ela emanava energia juvenil.

- Lana, vamos sair pra dançar? A galera toda da faculdade vai - Não sei como consegui resistir ao pedido tão manhoso dela.

A vi passando um batom vermelho, como estava linda.

- Fique a vontade, vá tomar um tempo! - Disse com os meus olhos grudados no livro de Direito Constitucional Internacional.

-Lana meu amor, volto pra casa com o Paulo....

-Logo o Paulo?- Questionei

-Doutora Yolanda, deixe de ciumes. Paulo é só um amigo que um dia foi meu ex... ''Não precisa ficar com ciumes'' - As ultimas palavras ela sussurrou, marota, ao meu ouvido fazendo arrepiar.

- Ok! Se divirta então.- Desejei, mesmo mordida de ciumes, e ela saiu logo em seguida.

Sinto que vou penar com a Minha Pequena, mas tudo isso já valeu a pena.

Inspirado na Musica ''Essa Pequena''  do Chico Buarque de Yolanda.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Um ombro em que pudesse confiar


Iago acabará de sair da minha casa, havíamos brigado, não demonstrei fraqueza na sua frente, não daria esse gostinho a ele, mas precisava de algum ombro para desabar, foi então que reparei que o visor do meu celular estava piscando. Mais uma vez era Caio, com suas insistentes mensagens, fazia um bom tempo que eu não me dava o trabalho de lhe responder, não falava com ele desde o dia em que pus um ponto final no nosso relacionamento extremamente complicado, eu sabia que todos os dias ele me seguia, mas eu precisava tanto de alguém para desabafas, e apesar de nossa briga e de odiá-lo, sentia que poderia confiar. Peguei meu Iphone e respondi: ''Caio, venha até a minha casa'', não houve resposta, entretanto 5 minutos depois ouvi a buzina de seu carro.

Trajava roupas de dormir, uma camisola branca com pantufas rosas ( Vergonhoso, eu sei, mas sim, eu uso pantufas de pelúcia rosa), entrei no carro vermelho, Caio começou a dirigir, não dissemos uma unica palavra, até que ele estacionou em algum lugar qualquer. 

- O que houve pra você ceder e me chamar?- Aquele par de olhos escuros me encaravam.

- Precisava de um ombro em que pudesse confiar- Isso era apenas o que eu conseguia dizer.

- Não tem medo que eu te ataque, Dandara? Afinal foi uma agressão que eu te fiz que fez com que você não 
olhasse mais na minha cara. - era perceptível o desdem na voz dele.

- Não, não tenho medo. Não tem ninguém aqui que possa lhe fazer ciumes e nem lhe dar motivos para usar violência contra mim.

Abracei-o  e contei toda a briga, seus olhos sorriam com a esperança de que eu deixasse Iago, eu sabia disso. Por fim contei o quão estava magoada com a atitude que havia levado ao meu desentendimento com Iago, foi então que ele disse, mudando de assunto:

-Por que vc resolveu cantar a nossa musica pra ele?

-Como você sabe disse?- Questionei

-Sua senha do Facebook é patética  logo diariamente como se fosse você para saber como anda a sua vida- Era tão displicente a sua forma de falar que por um momento esqueci da obsessão que ele nutria por mim.

-Qual seria então uma senha boa o suficiente para você não descobrir? - Perguntei 

- ''euamocaionanine'', pode ter certeza, essa eu nunca descobriria - Rimos alguns instantes, e reinou o silencio sobre nós dois.

Era possível ouvir apenas o ruido da chuva batendo no carro, tal como os automóveis que passavam por nós. Pus-me a refletir sobre  que  Caio inicialmente me perguntará, ele estava certo, aquela era realmente a nossa musica. A mão dele pausava sobre a marcha do carro, apenas por mania de deixa-la repousada ali quando  entrava no carro; coloquei a minha mão sobre a dele e num sussurro disse:

-É... realmente você tem razão, é a nossa musica- Caio não se deu o trabalho de me olhar , então eu cantarolei chamando a sua atenção- Quando a gente conversa,  contando casos, besteiras. Tanta coisa em comum, deixando escapar segredos. Mas eu não sei em que hora dizer, me dá um medo..... - Parei  e fixei os meus olhos sobre ele.

 -Mas eu preciso dizer que te amo. Te ganhar ou perder sem enganos... Eu preciso dizer que te amo, tanto- Ele me abraçou, eu coloquei a minha cabeça na curva do seu pescoço, e senti o calor do seu corpo.

-Até o tempo passa arrastado, só pra eu ficar do seu lado- Minha voz saia tremula, não conseguia entender o por que estava dizendo aquelas coisas e dando esperança a ele.

- Você me chora dores de outro amor, se abre e acaba comigo- Ele se afastou  suficiente para que pudesse encarar os meus olhos, que sem eu entender o por que estavam marejados.- Nessa novela eu não quer ser teu amigo... É que eu.. - Nesse momento eu o interrompi e disse com tanta convicção que nem parecia ser eu.

-É que eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem enganos. Eu só preciso dizer que te amo, tanto.- Não cantarolamos o resto da musica, pois eu , naquele momento, disse algum que nunca tinha dito em tantos anos em que passamos juntos.

-Volta para mim. - Seus olhos suplicavam

- Eu te amo, mas não da maneira que você quer. Também sou incapaz de perdoar o que você me fez.  Caio você é alguém que eu confio, e não importa quantos relacionamentos eu tenha, em nenhum eu vou confiar como eu confio em você.

- E isso que te faz entrar no carro de alguém que te segue desde que terminou o relacionamento... - Ele falou com desdem, eu não respondi. - Por que não demos certo? - Caio me pediu tristonho.

- Como poderia dar certo algo que começou errado?

 Ficamos determinado tempo em silencio, abraçados, lagrimas quentes corriam pelo meu rosto; sentia tanta falta de ter Caio por perto, que só a lembrança de não poder voltar para os braços dele no próximo problema me doía.

- Me leva de volta pra casa- pedi, e assim ele fez. 

Ao chegar na minha porta ele me encarou e perguntou se eu pelo menos tinha perdoado-o e se voltamos a ser amigos.

-Não.- Disse seca- Ainda te odeio. Te amo, mas ainda te odeio.

-Te amo tanto que nem sei, Dandara.

Ele sorriu ao dizer meu nome, ligou o carro e partiu.

Na manhã seguinte eu acordei  cansada.  Arrumei-me  de qualquer maneira e sai para a faculdade.  Quando abri o portão  chovia forte, abri meu guarda chuva e fui para a rua. Quando olhei para os lados vi o carro vermelho de Caio parado na esquia. Fiz sinal para ele, e no instante seguinte ele chegou até mim.

- Me dá uma carona?- Perguntei sorrindo marota.

-Fizemos as pazes?- Questionou esperançoso.

- Como lhe disse nessa madrugada: Não, mas já que você está na minha esquina as 5:20 da manha só pra me ver e vive a me seguir não custa nada a me dar uma carona, não?

Caio riu, destravou a porta do carro para que eu entrasse. Estava feliz por ele está ali por mim, mesmo que seja me seguindo como um maniaco apaixonado. No fim das contas, por mais que ele doentemente obcecado por mim, eu sabia que com ele eu poderia contar nos momentos mais difíceis.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Taxista e nós


 
Essa semana eu peguei um taxi, por coincidência o motorista era um conhecido, pai de consideração de uma amiga minha.  Percebi que ele estava com um sorriso safado no rosto, e quando olhei o banco traseiro, para lá depositar minha bolsa, entendi o motivo dele se encontrar com cara de quem tinha acabado de sair de um cine prive,  o banco tinha uma mancha de gozo.

Conversa vai, conversa vinha, ele me revelou o que suspeitava, um casal realmente acabara de trepar no banco traseiro e não se importavam dele assistir tudo pelo espelho retrovisor. Instantaneamente parei pra pensar, as pessoas não se importam muito com a presença do taxista quando desejam fazer algo.  Nesse instante contei, na verdade tentei contar, quantas vezes havia trocado de roupa no carro enquanto o taxista me levava e trazia de algum lugar. Não fiquei grilada por um desconhecido ter me visto de peças intimas, nunca mais veria aquele homem, além do mais ele estava sendo pago para dirigir e não para reparar na falta de curvas do meu corpo magro.

Foi aí que caiu a fixa. Quem se importa com o que o motorista de taxi acha ou deixa de achar? Na verdade quase ninguém, serio.  Eu me sinto tão a vontade para falar qualquer coisa com eles, principalmente as sacanagens que não  me permito falar no meu meio social; fora as inúmeras propostas indecentes eles acabam recebendo de garotas frustradas que estão na seca e querem uma rapidinha sem compromisso.  Perguntei então, ao pai da minha amiga que naquele momento me levava  do Shopping Salvador até a faculdade, o porque de aceitar boa parte das propostas, ‘’Vocês esquecem que enquanto fazem o que querem o meu taxímetro está ligado’’ ele me respondeu.  Boa e inquestionável resposta, o taxímetro está ligado e colocado na bandeira 2 quando começam as orgias.

Não podemos negar, também, que é tentadora a vontade que nos dá de confidenciar segredos a pessoa que, provavelmente, nunca mais veremos. È melhor que psicólogo, avalie a minha logica: você paga pelo serviço do transporte e ganha de brinde uma consulta ao psicólogo, e o melhor de tudo é que além de ser mais barato é muito mais verdadeiro,  um profissional da loucura não vai lhe dar uma solução  real, apenas vai lhe confundir para você pagar uma segunda consulta; enquanto o cara por de tras do volante, supostamente,  vai tentar lhe dar uma solução para o seu problema.

Pronto, está constatado: Os taxista são multi-uso. Lhe fornecem um psicólogo, um motel, e muitas vezes até um garoto de programa. Ah! Quase ia esquecendo, eles também te levam a qualquer lugar que você possa pagar.  Já que eles nos servem tão bem, vamos deixar uma gorjeta em vez de apenas segredos.

Com que pernas eu devo seguir?

Sei que perdemos a noção da hora, mas estávamos arrumando nossas malas, deixando aquele apartamento em que vivemos os momentos mais lindo  no nossos 11 anos de casamento.  Juntos estávamos jogando muitas coisas fora, que lembravam o nosso passado, tantas recordações,  fotos nas quais sorriamos abraçados. Definitivamente não sei como vou embora.  Não sei como vou deixa-lo, 11 anos não são 11 dias.  Ele diz que eu não percebi que o nosso casamento está acabado, mas como eu posso ver uma coisa que não existe?
Quando o conheci eu soube que ele era o homem da minha vida, depois de dois anos amando-o em silencio ele me beijou, nesse momento que dei para sonhar, fazer meus desvarios,  unicamente pelo fato dele ser o meu príncipe encantado. Quando dei por mim  já tinha rompido com o mundo, e começado a viver para esse amor, para o meu amor. Mudei-me para uma ilha e queimei o navio que me possibilitaria voltar.  Por isso não consigo me imaginar indo embora.
Me doí arrumar as malas para partir. Fico dilacerada ao ver que o paletó dele esta enlaçando o meu vestido e que meu sapato ainda pisa o dele, lagrimas brotam nos meu olhos, pois me recordo  de quando dançávamos, e eu  tomada em seus braços,  pisando nos seus pés para roubar-lhe um beijo.  Quando chegávamos em casa amávamos como dois pagãos, ainda consigo sentir as mãos dele em meus seios, nossos corpos colados, minha boca passeando por toda a sua pele branca de pelos morenos.  Ah, como éramos obscenos no nosso ato de amar.
Ofegávamos, quando possuíamos uma ao outro, na desordem das noites o mundo era eterno  e quando acabávamos eu me recostava sobre seu peito másculo e nos entrelaçávamos,  chegando a confundir as nossas penas. E é com essas pernas com que eu devo seguir, mas não sei se consigo fazer.
Em mais uma inútil tentativa digo para ele não ir, ele me pede para deixar de me fazer de tonta, grito que durante esses  11 anos  dei meus olhos, minha vida pra ele tomar conta, e peço que  ele não parta e não me deixe partir.  Só que ele não me deu ouvidos,  partiu sem olhar pra trás.
 
Inspirado na musica ‘’Eu te amo’’ do compositor Chico Buarque de Yolanda
 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Está tudo errado



Me encarava no espelho sem saber o porque havia aceitado aquele convite. A alguns dias atrás tinha deixado claro que  não iria acontecer uma reconciliação. Apliquei um pouco mais de pó compacto para esconder a vermelhidão que ainda manchava meu rosto e fui até o PUB que costumávamos nos encontrar.
Ele não havia chegado, ainda faltavam 15 minutos para o horário que marcamos. Pedi uma tequila, precisava de álcool correndo nas minhas veias para encara-lo novamente. Não demorou muito ele chegou, com aquele sorriso galanteador, trazia um lírio laranja em uma das mãos; se aproximou da mesa e esperou que me levantasse para cumprimentá-lo, o que não fiz, obrigando-o a sentar a contragosto.
-Você já foi mais educada, Dandara.-  Caio reclamou, ainda assim me estendendo o lírio laranja.
- Estou me perguntando o porquê aceitei te encontrar. Não há mais nada entre nós.- dei um gole na minha tequila, fazendo careta.
-Desde quando você bebe?- Ele questionou, não respondi, apenas ri e voltei a minha atenção ao copo que estava quase vazio. Devido ao meu silencio, Caio suspirou e continuou – Estou sentindo a sua falta. Meu coração me diz que se eu ficar sem você não vou poder ser feliz.- O comentário dele me fez rir, sarcástica.
- Já o meu, fala o contrario.
-A culpa não foi minha, você que se meteu na frente de Isaac, aquele tapa não era para você.- Tinha lamento na voz dele, entretanto, eu não iria me deixar enganar por ele mais uma vez.
Não importava se ele teve ou não o intuito de me bater, mas  ele o fez, meu rosto ainda estava avermelhado. Se eu voltasse para ele estaria aceitando a agressão, e isso não iria ocorrer.
-Caio, entenda, Não é só por que você me bateu, é por tudo, nós não damos certo. Quantas vezes já brigamos? Quantas vezes nos deixamos? Nossos amigos nem levam mais a serio nossas separações, me dizem que não dão menos de uma semana para fazermos as pazes, mas eu não quero mais, já está cansativo pra mim. – Mantinha-me controlada, mas tinha vontade de gritar, de chorar, de fugir dali.
-Dandara, eu te amo... – Era assim que eu sempre acabava cedendo, quando ele dizia que me amava, só que dessa vez as coisas eram diferentes, não iria aceita-lo novamente em minha vida.
- Não Caio, você não me ama, eu também não te amo, agora consigo entender. É apenas desejo mutuo. Quando brigamos, você vem até mim, eu te odeio, seus braços me agarram, a gente se beija. Definitivamente isso não amor. O melhor é você me esquecer. Já começamos a nos agredir fisicamente, se continuarmos nesse ritmo vamos matar um ao outro. – Ele deu um tapa na mesa.
- Por que você insiste em falar daquele tapa como se eu tivesse lhe agredido? Foi só um tapa, um acidente, ninguém mandou você se por na frente daquele desgraçado. Agora  você se refere a isso como se eu fosse lhe espancar até a morte na próxima briga. – Caio gritava, as pessoas das mesas ao redor nos olhavam.
Na minha cabeça veio um flash back da cena.  ‘’Eu e Isaac dançávamos, Caio apareceu, ciumento, e nos separou, empurrou o meu amigo e em seguida lhe deu um soco que o fez cair no chão, do canto de sua boca  brotava um filete de sangue, cambaleando o vi tentar levantar, e quando conseguiu Caio se preparou para desferir um novo golpe, quando dei por mim já havia tomado a frente de Isaac e recebido a segunda pancada. Um tapa, que não me fez cair no chão, muito menos me tirado sangue’’
- Você fez por que quis! – Esbravejei, agora conseguia perceber o que estava omisso, o golpe não foi um acidente, se fosse realmente intencional eu deveria ter ficado inconsciente no instante seguinte –Você diminuiu a força do golpe quando eu tomei a frente!
-Da onde você tirou isso? –Caio abaixou o tom, sentou-se novamente.
-Nem se dá o trabalho de negar – Eu permanecia de pé – Como eu não percebi isso antes.
-Você merecia uma punição! Sempre abraçada com esse seu ‘’melhor amigo’’, cheia de risos e flertes, pensa que sou cego? Quando você se pôs na frente eu te bati sim, para me vingar de você. – Mais uma vez ele se levantou, se pondo grande sob a minha fragilidade, revelando sua verdadeira índole.
Apanhei minha bolsa, sem dizer nenhuma palavra caminhei em direção a porta. Senti-me agarrada por mãos fortes, Caio tentou mais uma vez o seu tão clichê método de reconciliação. A língua dele tentou invadir a minha boca, não dei passagem. Usei de toda a força no meu corpo para escapar do beijo. No momento que ele me soltou  desferi um estalido tapa na face de Caio.
-Nunca mais toque em mim. Eu não quero você e esse seu ciúme doentio. Que amor é esse que faz tanto mal? –Não esperei a resposta, caminhei sem olhar para trás.
Realmente, nunca pensei que acabaríamos assim, mas é isso que acontece quando desde o inicio se percebe que está tudo errado. Agora só me resta recomeçar, e procurar um novo amor que me faça bem e torcer para ser o certo. 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Homens não gostam de mulheres fortes



Homens não gostam de mulheres fortes. Quando eu falo forte digo da maneira física, mas sim  forte no sentido de não precisar dele para abrir um pote de conserva.  Afirmo isso com toda convicção, pois eu fui rejeitada por saber um pouco mais que trocar uma lâmpada.

Pode parecer piada,  mas o sexo masculino se sente ameaçado quando uma mulher consegue fazer coisas que são ditas ‘’ másculas’’.  Por isso que vou contar uma coisa que aconteceu comigo essa semana: Fui na casa de um amigo meu, pois ele disse que tinha um alguém para me apresentar, Me arrumei o mais  feminina e delicada o possível e fui até a casa de Tales.

Chegando lá fui apresentada a Jefferson, sentamos no sofá e começamos a conversar, Tales  colocou um DVD e sentou-se junto com  Milena (em suma, fui chamada para formar aquele bom e velho duque).  Só que quando as coisas não são para acontecer elas simplesmente não acontecem, e foi assim que  a tv apagou de repente.  Não sei o que deu em mim  quando eu me prontifiquei a consertar, mas eu fui lá olhei a tomada, pedi para Tales que pegasse a  caixa de ferramentas do pai dele e comecei a ver o que teria que fazer.

-Mas que porra! – Esbravejei.
-O que foi que teve? – Tales perguntou ao me ouvir xingar, coisa que nunca faço na frente de garotos que pretendo ficar.
- O Jumento do pedreiro só pode ter colocado uma emenda por dentro do eletroduto, vou ter que trocar o fio. – Eu estava certa, o pedreiro que fez aquela instalação cometeu esse grave erro.

Não demorou muito e tudo já estava concertado,  fui até o banheiro lavar o rosto e retornei a sala.  

Jefferson e eu voltamos a conversar,  o nosso papo fluía muito bem, até quando ele começou a perguntar como eu sabia consertar as instalações elétricas, foi quando eu revelei  que era eletrotécnica, e um pouco depois contei que fazia três modalidades diferentes de luta.

O filme já estava no fim quando resolvi tomar a iniciativa de um beijo, mas Jeff esquivou e se desculpou dizendo que não conseguiria me beijar, pois, segundo ele, desde que eu tinha consertado  o ponto de energia ele olhava para mim e via um homenzarrão dentro de um vestido floral.

Desabei no riso, era a única coisa que me restava.  Não posso  mudar o fato de que eu não dependo de um homem para trocar a lâmpada, ou que sei lutar muito melhor que ele, e que talvez, eu disse talvez, saiba muito mais sobre sexo que ele.  Não vou fingir ser frágil para manter o ego de um homem, vamos e convenhamos, fracos são eles que se intimidam por eu conseguir abrir o pote de azeitona sozinha.

Agora estou a procura de um homem forte o suficiente para não se deixar abalar quando descobrir que eu não sou tão frágil assim.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Homens medíocres e mulheres agredidas.



Homens, medíocres, filhos da puta, desalmados agressores de mulheres. Manifesto o meu ódio por raça tão repugnante. Controladores do lar, que bate nas esposas ameaçam as filhas mantendo todos do seu convívio reféns
.
Quando um patriarca da família usa a força contra a sua esposa na frente das crianças o exemplo que está sendo passado é que o papel da esposa é a submissão, que o homem tem que impor a sua autoridade através da agressão e opressão. As crianças vivem com a omissão, sendo obrigada a ver o declínio da família de camarote.

Repudio covarde que não honram as calças que vestem. Sinto nojo dessa sociedade que criam esses homem e que igualmente educam seus filhos.

Muitas mulheres se calam perante essa situação por que tem vergonha de assumir que passar por essa situação, ou são pobres demais para sair de casa, até mesmo por que o amor que sente pelo desgraçado faz com que elas deem mais uma chance.

Vejo mulheres fortes, não aceitando tais tipos de agressões. Admiro-as. Mas penso quantas não tem a mesma coragem. Que vivem a mercê desses trogloditas sem poder recorrer a justiça.