sábado, 29 de junho de 2013

E você não vai amar mais ninguém.


Aquela era pra ser uma reunião como outra qualquer com o pessoal da faculdade, mas algo estava muito diferente.  Nas ultimas semanas havia reparado como Alberto estava estranho comigo, o comportamento suspeito começou logo após o termino do namoro dele, cheguei a a flagra-lo duas vezes com os olhos fixos no meu decote. Agora estávamos ali, bêbados, ele me amparava para que permanecesse de pé; não tive como não reparar que suas mãos se aproveitavam da minha situação para se passear pelo meu corpo, nem dei muita atenção pois não estava em condições de protestar.
Alberto disse que eu iria parar com a bebida, não protestei, sabia que a muito tempo havia passado dos meus limites, já o restante dos meus amigos ainda me ofereciam mais uma dose de vodka pura.  Começamos a jogar bicho que bebe, mas eu já estava tão bêbada que decidiram para mim seria imposta uma prenda, inicialmente concordei, mas quando mandaram eu dar um beijo em Hugo disse que não faria.  Comecei com o meu discurso moralista de que tinha namorado e não o trairia.  Me chamaram de careta, de falsa puritana e dentre outros apelidinhos ''carinhosos''; foi então que disse a todos que não trocaria o amor de Philipe por 30 segundos de aventura, e que se um dia caísse na tentação de trair seria com muito mais que um beijo.
Mudamos a brincadeira e partimos para o jogo da verdade. Escutei barbaridades da vida de todo mundo, e finalmente chegou na minha vez. Todos os presentes sabiam que eu era virgem, então me perguntaram o quão longe eu já tinha ido com Philipe. ''Queridos, não tem longe com Philipe, ele me respeita tanto que até parece que ele que é o donzelo da relação... Nunca passamos do beijo, nem a mão na minha bunda ele coloca'' foi o que respondi, fazendo todos rir.  Não demorou muito para que os quadros se invertessem, todos, com a exceção de Alberto, começaram a ficar bêbados e eu acreditava ficar sã.
-Vamos pra piscina- propôs Lauren, boa parte foi, restando apenas Agatha (que dormia), Alberto e eu.
-Quer saber de uma, eu vou para a sauna.... Vai que me ajuda a curar do porre- comentei, tentando me por de pé, o que realmente foi inútil já que o efeito do álcool ainda me deixava tonta.
-Essa historia de você ficar bêbada e não conseguir se por de pé é foda. Se apoia aqui em mim que eu vou com você- Pus meus braços em volta do pescoço de Beto e ele me carregou até a sauna
Deitei no banco de madeira enquanto o observava  ligar a sauna.  Não demorou muito para que aquele lugar estivesse fervendo, eu suava como nunca.  Alberto não desgrudava os olhos de mim.
-Acho melhor você tirar essa blusa, quero ver como vai pra casa ensopada de suor.
- Até faria isso, mas não consigo alcançar o zíper na parte de trás.- reclamei
- Deixa que eu te ajudo.
Senti o corpo dele se aproximando, suas mãos pousaram em minha nuca e começaram a abrir a minha camisa.  Quando a peça escorregou pelos meus braços senti lábios quentes tocarem minhas costas, foi impossível não sentir um arrepio, aquela caricia continuava e me levava a loucura. Ninguem nunca soube que aquele era meu inusitado ponto de prazer, nem mesmo eu.  Beto subiu um pouco os beijos, até chegar na curva do meu pescoço e me mordiscar.
-Me deixe te beijar, Vivian- ele sussurrou no meu ouvido.
-N-ãa-o pos-so- Eu gaguejava. Senti mãos firmes agarrando minha cintura e enquanto aquela boca voltava a tocar minha pele
-Só vou parar quando você deixar- me informou. Dedos atrevidos chegaram ao meu biquine e brincavam com meus seios, com as ultimas forças que me restavam segurei-os firmemente e os coloquei na minha barriga.
-Não posso trair Philipe- Disse com um fio de voz.
-Eu não vou desistir- Finalmente virou-se de frente pra mim e agarrou meu rosto.  Aqueles olhos castanho claro encaravam o castanho escuro dos meus, o desejo transbordava de ambos, nossas respirações estavam descompassadas. Beto me beijou.
O beijo começou com um simples roçar de lábios e foi evoluindo até se tornar sofrego e voluptuoso. Mãos, um milhão de mãos percorrendo o corpo um do outro.  Os lábios dele desceram em direção ao meu colo, senti o nó do meu biquine fogar, liberando os meus seios pequenos e enrijecido devido a tamanha excitação.
De repente, me veio um surto de sanidade, o que eu estava fazendo? Realmente estava trocando o amor de Philipe por uns amassos na sauna?O que? eu estava na sauna, e nenhum de nós dois havia trancado a porta? A muito custo me desvincilhei de Beto e tranquei a porta. Fiquei olhando-o e pensei ''estar aqui é o que eu quero''; por mais que Philipe fosse um príncipe encantado ele nunca fez com que eu me sentisse tão desejada quanto naquele momento. Após fita-lo fui em sua direção e o tomei num beijo como se dependesse daquilo para sobreviver.
Quando dei por mim já estava montada em seu colo, uma se suas mãos apertava meu seio enquanto o outro estava sendo mordiscado e chupado com volúpia.  Comecei a sentir a excitação  dele entre as minhas pernas. Desmontei do seu colo e o puxei para que deitasse sobre mim,  meio desajeitada, levei a minha mão até o volume da calça dele, mas parei. Não sabia o que fazer.
-Você não sabe o que fazer, né?- Dizendo isso, ele pegou a minha mão e colocou sobre o membro dele,  me guiando num vai e vem ritmado
De maneira ágil, ele desabotoou o meu short e começou a dedilhar a minha intimidade, causando em mim uma onda de prazer. Arqueei as minhas costas de maneira involuntária, meu corpo já não respondia mais ao meu comando, a unica coisa que ele respondia era ao toque de Alberto.  Não percebi quando foi que ele arrancou meu short e a calcinha do meu biquine; seus lábios vieram de encontro ao meu ponto mais intimo e naquele instante eu senti um prazer que jamais imaginei existir.  Mudamos de posição, ele fez com que eu ficasse de pé com uma das minhas pernas no seu ombro enquanto ele continuava ajoelhado.  Era tanto prazer que meus joelhos vacilaram, Beto percebeu e resolveu parar o que estava fazendo, começou uma trilha de beijos pelo meu corpo até chegar na minha boca onde eu pude sentir o sabor da minha intimidade em seus lábios.
Achei que seria justa uma retribuição,puxei-o até onde estava o banco e me sentei, ficando na altura do seu membro. Fitei-o com um pouco de receio.  Com a ponta da língua toquei a glande, conhecendo o ''caminho'', até que tomei coragem e coloquei-o na boca.  Até que chegou um momento em que Beto puxou o meu cabelo fazendo com que eu parasse o que estava fazendo.
-Não deixe os deus dentes roçarem ''nele'', isso doí e machuca.- me aconselhou, logo em seguida fez sinal para que eu voltasse a fazer o que continuasse o que estava fazendo. Mas não demorou muito para que ele mais uma vez ele me interrompesse - Para, eu vou gozar.
Beto ofegava, me encarava, foi então que mais uma vez ele me possuiu num beijo.  Ouvimos alguém batendo na porta da sauna.  Rapidamente vesti o meu biquine e Alberto colocou a bermuda dele, o resto da minha roupa não seria necessário. Era Agatha que tinha acabado de acordar e resolveu passar um tempinho na sauna pra cortar o efeito do álcool.
Ficamos calado, e só nesse momento eu pude pensar no que havia feito. Troquei quem me ama por um momento de prazer, o pior de tudo é que eu não estava arrependida.
Chegou a minha hora de ir embora, pedi que alguém me levasse no ponto e nenhum dos meu amigos se voluntariou, pois nenhum deles estava em condições para isso.  Beto, por fim, disse que me levaria e esperaria eu pegar o taxi.
- Ninguém precisa saber o que aconteceu ente nós dois...- Ele disse ainda no elevador.
-Não vou lhe pedir em casamento só pelo o que aconteceu entre nós dois- ele riu pelo nariz- mas não me peça pra fingir que o que aconteceu não existiu. Não precisa que outras pessoas saibam, eu sei e você sabe isso já basta. Eu trai Phillipe, e por mais que ninguém saiba eu não vou conseguiu olhar nos olhos dele.
-Você vai terminar com ele por causa do que rolou entre a gente? você não acha que está exagerando?
-Não, não estou exagerando. Vou terminar com Philipe, mas não se preocupe, não vou grudar em você - Acenava para o táxi, mas todos passavam direto.
- A minha preocupação não era essa, mas não vejo o por que você terminar com ele por causa de um deslise. Mas já que você não consegue ver as coisas do mesmo jeito que eu vai terminar com Philipe, saiba que eu estou disponível pra ser seu amigo colorido.- Não tive como conter meu riso.
Um táxi finalmente parou,mas não dei o meu endereço para o taxista. Fui pra casa do meu futuro ex-namorado, ainda havia muitas coisas a serem colocadas no lugar.
- PHILIPE!- gritei para que ele aparecesse na varanda. - PHILIPE! PHILIPE!
-Vivian?- disse ao sair na sacada- O que você está fazendo aqui?- ele pediu.
Fiz sinal para que descesse. Ele veio querendo me tomar num beijo, não deixei. Precisava ser direta, rodeios só me torturariam, contei toda a verdade. Senti a mão dele pousar no meu rosto, forte e doloroso, aceitei o tapa, eu estava errada e aquilo era pouco diante o que tinha feito. No instante seguinte fui tomada num beijo, voluptuoso e ardente, de maneira como ele nunca havia me beijado.
Não me pergunte como, mas quando dei por mim estávamos no sofá da sala, o corpo dele fazia peso sobre o meu. Sem preliminar, sem carinho, sem cuidado, ele me penetrou e se movimentava como um cachorro no cio. Gozou e colocou o short de volta.
Ajeitei as minhas roupas. Ele não demonstrava nenhum sentimento, já que era assim não me demonstraria fraca também. Caminhei em direção a porta, foi quando senti-me agarrada de maneira grosseira.
-Onde você pensa que vai? - Não pude responder a pergunta dele, pois estava intimidada por aquele olhar... Aquilo nos olhos dele era raiva?- Me responda! -Ele gritou.
-já não acha que foi o bastante?- foram as únicas coisas que consegui dizer.
-NÃO!- ele estava fora de si- EU TE AMEI, TE RESPEITEI, ACREDITEI QUE FOSSE O MEU ANJINHO, MUNHA PEQUENA, MEU AMOR, E COMO VOCÊ ME RETRIBUI? COM UM PARDE CHIFRE NA TESTA.  TE COMER E TE LARGAR É POUCO, QUERO QUE VOCÊ SOFRA COMO EU ESTOU SOFRENDO.
Ele me apertava, me sacudia, e chorava. Não iria pedir para ele me perdoar, o que fiz não tinha perdão, mas também não iria dizer que me arrependia, não mentiria para mim.
-Philipe, me desculpa por te fazer sofrer, mas eu não me arrependo de nada que fiz.
-Era sexo o que queria?era prazer? por que você não me falou? se era isso o que você queria eu poderia lhe dar- Neste momento  Philipe me largou e começou a esconder o rosto, provavelmente estava chorando.
-Esse tipo de coisa não se pede, se faz....
-Eu nunca tentei nada por que te respeitava, e achava que no momento certo você me daria o sinal. Ou você achou que eu não te desejo? Só que eu te amo o suficiente para esperar por você, mas você não entendeu isso e foi chupar outro cara. - Agora consegui entender o que se passava com Philipe, ele estava com uma confusão de sentimentos.
-.... Philipe, eu quero terminar...- No instante seguinte  ele estava agarrado as minhas pernas, soluçando
-Eu te amo, eu te perdoo, aceito a traição, mas não me abandona- Aquelas palavras me deram nojo e pena.
-Não Philipe- Ajudei-o a levantar- você não merece isso, você merece alguém que não faça com você. - Dei as costas e caminhei em direção a porta. Meu erro!
Senti uma forte pancada na cabeça, que me fez cair. Não conseguia me por de pé, e muito menos encontrei força para gritar. Philipe me amordaçou e amarrou as minhas mãos. Fui arrastada até a cozinha, meus olhos transpareciam o medo. Ele sumiu do meu campo de visão.
-Você deveria ter sido mais grata com o amor que eu te dei.- Lipe comentou, sua voz tinha uma entonação psicopata. - Você não me amou, Vivian. Agora não vai amar mais ninguém!
Philipe se aproximou de mim, segurava um algodão embebecido em, pelo o que aparentou o cheiro, álcool iodado; ele começou a limpar o sangramento ocasionado pela pancada. Ficou alguns minutos a me fitar e a acariciar meu rosto.
-Vivian, meu amor, me desculpe...- Ele se distanciou de mim, e voltou com uma seringa em suas mãos- Eu sei que você tem medo de agulhas, mas essa é uma maneira rápida de fazer isso.
Ele apertou o meu pulso, fazendo com que as veias da minha mão ficassem dilatadas, logo em seguida, mesmo eu me debatendo,  me injetou ar.  Ele puxou a mordaça que me calava, e me encarou.
-Eu te amo, Vivian. Pena que as coisas acabaram assim.
Philipe selou meu lábios.
Uma fisgada se fez em meu peito, comecei a tossir involuntariamente. Por fim, a minha visão ficou fosca e parei de sentir.

terça-feira, 11 de junho de 2013

E quem deve pagar o motel?


Estava conversando com umas colegas de faculdade, e uma delas me contou que algo que havia acontecido com ela que eu me senti obrigada a compartilhar com vocês. Minha amiga (que por questão de privacidade vamos chamar de Marina) relatou uma situação pode criar polemicas entre as mulheres maxitas e as feministas, mas foi um fato engraçado e eu tenho a necessidade de contar.

Estávamos falando sobre um peguete de Flavia, que havia reclamado sobre o preço do motel, foi então que ela começou a dizer que a gente nem ia acreditar o que tinha acontecido com ela. Então ela começou a narrativa: '' Eu liguei pra Luan e perguntei se Amante tinha direito a presente de dia dos namorados, ele disse que tinha e eu fiquei toda feliz. Quando perguntei o que iria ganhar, ele simplesmente respondeu que iriamos para um motel.... Nessa hora eu fiquei meio muxoxa, onde já se viu ir no Motel ser presente? Mas ele escolheu uma data especial, aí deixei pra lá, mas quando ele disse que essa ida seria diferente eu pedi logo pra ele por os pontos nos ''i's''. Luan me perguntou se eu ia pro motel a pé ou  de taxi com o meu namorado, respondi a verdade, que íamos a pé já que Gustavo não tem carro; foi então que ele disse que iriamos de carro. Adorei a noticia, mas foi então que o desgraçado disse que eu que teria que pagar o Motel. Para tudo, Produção!?! Como assim eu vou ter que pagar o Motel? Já sou amante, vou gastar minha gilete, minha lingerie, ele que vai me comer e eu ainda tenho que pagar o motel?''

Flavia disse que no momento que algum cara pedisse pra ela pagar o motel acabava o amor na hora, não tive como não rir. Mas realmente, toda essa situação é extremamente engraçada ainda mais que não faço a menor ideia de qual seria a minha reação se um homem pedisse uma coisa dessas pra mim.

Contei essa historia a um casal amigo meu, e Isaac disse que não tinha nada demais nisso e ainda me perguntou se não eram nós mulheres que queriam os direitos iguais; Dora (a namorada dele) o olhava, basicamente espumando de raiva, e então explodiu dizendo que na próxima vez ela pagava o motel, mas ele teria que deixar que ela metesse uma cinta peniana nele afinal de contas ela desejava direitos iguais.  Logo em seguida Dora argumentou que era uma questão de cavalheirismos e não de direitos iguais.

Confesso que mesmo depois de tanta conversa continuo sem opinião formada. Mas por via das duvidas, caros amigos, paguem o motel para as suas namoradas.  É melhor pagar o motel e se divertir do que deixar ela pagar e não aproveitar nada, por cauda do aborrecimento da sua companheira.