sexta-feira, 31 de maio de 2013

Banheiro, beijo, e meu melhor amigo.


Não era como das outras vezes, eu estava perdidamente exitado com aquela situação. Nunca me imaginei  que estaria trancado no banheiro com o meu melhor amigo trocando beijos sôfregos. O toque de Silas eram mais brutos do que os de outras garotas com que eu ficado; nós brigávamos entre os beijos, para ver quem teria o controle da situação. Estava gostando daquilo mais do que havia gostado de outras garotas.

Não sei o que vai acontecer comigo assim que sairmos desse box do banheiro. Não sei se terei coragem de olhar nos olhos dele novamente, mas eu estou aproveitando cada segundo com ele. 

Como vinhemos parar aqui? Foi por causa de doses exageradas de vodka, e um desejo incontrolável que se apossou nos corpos de ambos. Tudo isso é uma loucura, loucura a qual eu estou adorando. 

De repente eu ouço o meu celular tocar, é minha mãe, sou obrigada a atender.  Ela me diz que minha namorada estava me esperando pra sair. Digo a Silas que tenho que ir, ele me beija languido e suas mãos deslizam, atrevidas, pelo meu corpo pedindo pra eu continuar onde estava e o que estava fazendo. Fui obrigado a dizer adeus com vontade de ficar. 

O meu amor


Apaixonada, essa era palavra que descrevia.  Nunca fui do tipo de garota que andava como uma tola apaixonada, mas dessa vez era diferente, eu estava assim e não tinha vergonha nenhuma de assumir a minha situação.
Abri meu facebook pra postar uma frase altamente melosa. Na mesma hora apareceu uma notificação dizendo que Teresa tinha curtido meu status, foi aí que olhei na minha lista de amigos e vi que minha melhor amiga estava online.
Lucia: Amigaaaaa, como vai vc?
Teresa: Tô ótima! Luci, sabe o que eu reparei? Eu, que sou sua melhor amiga, não conheço o seu namorado
Lucia: É verdade.... e nem eu conheço o seu.
Teresa: Isso só pode ser o Fim do mundo
Lucia: deixe de drama.... Esse encontro só não aconteceu por que estamos muito ocupadas com a faculdade, mas vamos resolver isso hoje! Vou  pra Camaçari assim que acabar a aula aqui na faculdade, você leva seu namorado e eu falo com Carlos. Ok?
Teresa: tudo bem. Então a gente se encontra naquele restaurante que fica perto da rodoviária?
Lucia: Isso mesmo!
Teresa: Amiga, agora eu tenho que ir. Bjos
Lucia: até mais tarde
Assim acabou a nossa conversa. Desconectei da minha rede social e liguei pra Carlos, seu telefone deu ocupado. Resolvi que falaria com ele na faculdade.
Quando entrei na sala vi meu amigos, sentei junto para participar da resenha.  Não demorou muito vi meu amado adentrar na minha sala.  Vê-lo era como estar num desenho animado, sabe quando saem coraçõesinhos dos olhos e a outra pessoa brilha como o sol? Era exatamente assim que  as coisas aconteciam comigo.
Deixei meu amigos e fui ficar com ele. Comentei com ele que queria que ele fosse conhecer a minha melhor amiga e o namorado dela, mas ele disse que não podia pois tinha muita coisa pra fazer no estagio. Argumentei que o restaurante era em Camaçari, perto do lugar onde ele iria estagiar, mas Carlos continuou dizendo que não poderia ir. Minha única alternativa foi aceitar.
Assim que acabou a aula peguei o ônibus lotado, ao descer na rodoviária de Camaçari avistei Teresa.  Caminhamos em direção ao restaurante, ela  me contou que Jorge iria se atrasar um pouco e ficou um pouco triste quando eu disse que Carlos não iria.
-Lucia, eu acho que o seu namorado é imaginário- ela comentou entre risos, enquanto esperávamos o drink
- Oxe Teresinha, por que você acha isso?- questionei rindo antecipadamente do que ela iria dizer.
- Você não tem nenhuma foto com ele, ele não tem facebook e nenhuma outra rede social, e eu não conheço o seu namorado.
- Teresinha, se manca, você acabou de descrever o seu namorado também! – Ela ria tanto quanto eu.
- Mas o meu você vai conhecer hoje. Cheque Mate! -  Continuamos rindo, até eu sentir a necessidade de contar o quão seu estava feliz e apaixonada.
-Eu estou tão apaixonada, bem mais do que eu era aos meus 15 anos pelo Thom- Péssimo exemplo, ou ótimo, não sei.
-Você era louca por aquele garoto,  mas sabe eu também estou perdidamente apaixonada. Acho que dessa vez eu encontrei o meu boy magia, ele é meu amor, e o meu amor tem um jeito manso que é só seu-  vi a minha amiga rir pelo nariz- e que me deixa louca, quando me beija a boca minha pele toda fica arrepiada, e me beija com calma e fundo até minha alma se sentir beijada.
-Amiga, não é só você que tem o privilegio de se sentir assim, por que o meu amor também amor tem um jeito manso que é só seu, que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes... Depois brinca comigo, ri do meu umbigo e me crava os dentes – Vi Teresa rir constrangida. Ela sempre foi mais certinha, e eu a depravada.- Não me olhe com essa cara Teresa, eu sou a menina dele e ele é o meu rapaz... sabe, meu corpo é testemunha do bem que e me faz. E para de me olhar com essa cara, até parece que Jorge não te deixa assim?
-Não vou mentir para você, ele tem um jeito que me deixa maluca, quando me roça a nuca e quase me machuca com a barba mal feita... e de pousar as coxas entre as minhas coxas quando ele se deita.
-Pode morrer, por que o seu é bom, mas o meu é melhor por que ele tem um jeito de me fazer rodeios, de me beijar os seios...Me beijar o ventre e me deixar em brasa ele desfruta do meu corpo como se o meu corpo fosse a sua casa.
A conversa fluía de maneira que eu nem conseguia reconhecer minha melhor amiga. Ela estava mais leve, mais solta, mais feliz. Esse tal de Jorge realmente estava fazendo bem a ela.

O sorriso de Teresa aumentou consideravelmente. – Ele chegou!- ela comentou
Levantamos, antes de me virar ele a tomou num beijo. Quando finalmente viraram e eu pude ver se rosto meu mundo simplesmente desabou. No rosto dele ficou estampado uma expressão de desespero.
-Esse aqui é Jorge, meu namorado, e essa aqui é Lucia, minha melhor amiga- Tereza disse com um sorriso radiante
-Eu sei quem ele é!- Afirmei amarga, lagrimas fugiam dos meus olhos
- Lucia, não!- Ele pediu
-Voces se conhecem da onde?- Minha melhor amiga pediu, já demonstrando nervosismo.
-Ele, o seu querido Jorge, é o meu namorado Carlos- Eu gritava, e Teresa caiu no choro.- Como pudemos ser tão bestas? Claro, Carlos Jorge fez tudo muito bem feito.
- Eu posso explicar... – ele, mais uma vez, pediu
- Seu desgraçado- Teresa foi para cima dele desferindo golpes, que de nada adiantaram. Ele a agarrou pelos pulsos- Me solta!
-Vai embora, Carlos Jorge. Vá agora! – Exarcebada, gritei.
Ele a soltou. Não tentou dizer mais nada, pois não tinha nada a ser dito. Abracei Teresa e ela me retribuiu. Choramos juntas enquanto todos ao nosso redor nos observavam
- Por que ele fez isso?- me perguntei inconsolável.
-Não sei, eu estou destruída.
-Mas a gente vai encontrar alguém certo.
-Eu fui a sua menina, ele foi o meu rapaz...- Teresinha disse inconformada.

-Meu corpo foi testemunha do bem que ele me fez.