Toda vez que chego em casa sigo o mesmo ritual, pego uma muda de roupa e me tranco no banheiro. O que isso tem de anormal, incomum ou especial? Nada, só o fato de me transformar num “EU” sem pudores quando estou entre aquelas quatro paredes.
Analiso como o banheiro é o meu lugar favorito da casa. É sei que é pra lá que a maioria das pessoas vão quando querem pensar, relaxar, filosofar, ficar se olhando peladão na frente do espelho, se masturbar (qual é meninas? Se até o Papa João Paulo II liberou, então qual é o pudor?) e até mesmo chorar. Eu sei que não sou a única.
Banheiro é o lugar divino, quantas vezes eu não me livrei de uma situação embaraçosa com apenas um “Dá licença preciso ir ao toalete”.
Desde pequenos somos influenciados a não dar o devido valor ao banheiro que ele merece, unicamente pelo fato de ser o lugar onde fazemos as nossas necessidades básicas, mas na minha singela opinião, não afeta em nada o quão importante ele é para mim e para toda sociedade.
Acho engraçado os banheiros públicos. Na maioria das vezes eles são sujos e escuros, só que são neles onde várias pessoas se libertam dos pudores e anunciam os seus desejos mais íntimos nas paredes como se fossem classificados do jornal A TARDE. Facilmente encontro coisas do tipo: “Estou aqui das 20h as 22h, bata duas vezes e te levarei ao céu” ou “Te dou a melhor chupada da vida (9612-1XXX)”. Juro que já pensei em ligar várias vezes para saber se é verdade ou só sacanagem.
Qual o motivo das mulheres nunca irem sozinhas ao banheiro? Medo do tarado do banheiro que não é. O nome disso é formação de quadrilha, elas vão para lá liberar o veneno, falar mal de alguém ou alguma coisa e conversar sobre coisas que homem nenhum pode sonhar em ouvir. Isso é um fato e contra fato não há argumentos.
Lugar maravilhoso o banheiro, simplesmente o meu favorito, meu refúgio. Local onde consigo me livrar de pudores e liberto o meu eu. Paro e penso: Se a sociedade fosse fora do banheiro o que ela é quando está dentro, eu viveria em um mundo bem diferente.