sábado, 4 de outubro de 2014

Prefiro namoro à pegação





Tem algum tempo que eu estou solteira, prestem atenção, disse solteira e não sozinha. Estou na época dos encontros as escuras; uma vez por semana eu tenho um encontro com um algum primo ou irmão das minhas amigas, ainda não achei meu príncipe encantado, mas, pelo menos, eu tenho algumas historias divertidas para contar.
Minha mãe disse que o problema de não arrumar um namorado é que sou muito exigente, mas, sendo franca, só espero que o cara tenha todos os dentes e saiba escrever, entretanto, encontrar um cara que domine as normas gramaticais da língua portuguesa está mais difícil que ganhar na loteria. Devido a dificuldade de encontrar um garoto que tenha prestado atenção nas aulas de português  eu decidi me divertir, sim um pouco de diversão não faz mau a ninguém, principalmente quando se está sozinha.  
Nunca fui o tipo de garota que busca carinhos nos braços de algum faleno e agora que , por acaso do destino, os falenos estão se aproveitando da minha carência, posso afirmar categoricamente que  esses afagos não são tão bons quando os braços de meu Heleno. Não vou começar um discurso moralista, na verdade vou ser bem imoral.  Quando fico com um cara por ficar, é como ter uma torta de limão nas mãos e só poder dar uma mordida, fico com mais vontade ainda; agora, ficar com um namorado é bem diferente, é poder comer a torta inteira e de quebra ganhar uma barra gigante de chocolate.
Lembra dos amassos que você deu no colega de faculdade? Agora recorde da porta as sala abrindo por segundo, dá par fazer alguma coisa? Não. Já com o namorado, você já tem intimidade, local, privacidade e tempo para parar unicamente quando estiverem saciados.
Meu ultimo namorado, Kraz, tinha um fogo. Eu sempre gostei de banheiros, e quando nós nos trancávamos lá dentro nem uma ducha gelada diminuía o calor dos nossos corpos. Com um ficante qualquer não dá pra você ficar  da mesma maneira,  ser tão sem pudores, e só parar quando matar a vontade.
Quando lembro de Kraz, chegando por trás, me jogando na mesa, sobe um fogo; fogo que não pode ser apagado por um peguete.  
Vou procurar um novo ‘’amor’’ (com todas as aspas do mundo), mas enquanto isso me contentarei um acalento, um afago de um faleno qualquer; pois é exatamente como a minha Mãe diz: ‘’É melhor tirar só uma prova da torta de Limão, do que só ficar na vontade esperando o dia que você vai poder comer ela inteira.’’