Tem algum tempo que eu estou
solteira, prestem atenção, disse solteira e não sozinha. Estou na época dos
encontros as escuras; uma vez por semana eu tenho um encontro com um algum primo
ou irmão das minhas amigas, ainda não achei meu príncipe encantado, mas, pelo
menos, eu tenho algumas historias divertidas para contar.
Minha mãe disse que o problema de
não arrumar um namorado é que sou muito exigente, mas, sendo franca, só espero
que o cara tenha todos os dentes e saiba escrever, entretanto, encontrar um
cara que domine as normas gramaticais da língua portuguesa está mais difícil que
ganhar na loteria. Devido a dificuldade de encontrar um garoto que tenha prestado
atenção nas aulas de português eu decidi
me divertir, sim um pouco de diversão não faz mau a ninguém, principalmente
quando se está sozinha.
Nunca fui o tipo de garota que
busca carinhos nos braços de algum faleno e agora que , por acaso do destino,
os falenos estão se aproveitando da minha carência, posso afirmar
categoricamente que esses afagos não são
tão bons quando os braços de meu Heleno. Não vou começar um discurso moralista,
na verdade vou ser bem imoral. Quando
fico com um cara por ficar, é como ter uma torta de limão nas mãos e só poder
dar uma mordida, fico com mais vontade ainda; agora, ficar com um namorado é
bem diferente, é poder comer a torta inteira e de quebra ganhar uma barra
gigante de chocolate.
Lembra dos amassos que você deu
no colega de faculdade? Agora recorde da porta as sala abrindo por segundo, dá
par fazer alguma coisa? Não. Já com o namorado, você já tem intimidade, local,
privacidade e tempo para parar unicamente quando estiverem saciados.
Meu ultimo namorado, Kraz, tinha
um fogo. Eu sempre gostei de banheiros, e quando nós nos trancávamos lá dentro nem
uma ducha gelada diminuía o calor dos nossos corpos. Com um ficante qualquer
não dá pra você ficar da mesma
maneira, ser tão sem pudores, e só parar
quando matar a vontade.
Quando lembro de Kraz, chegando
por trás, me jogando na mesa, sobe um fogo; fogo que não pode ser apagado por
um peguete.
Vou procurar um novo ‘’amor’’
(com todas as aspas do mundo), mas enquanto isso me contentarei um acalento, um
afago de um faleno qualquer; pois é exatamente como a minha Mãe diz: ‘’É melhor
tirar só uma prova da torta de Limão, do que só ficar na vontade esperando o
dia que você vai poder comer ela inteira.’’