domingo, 19 de janeiro de 2014

Sabedoria para chegar so fim


Hoje fui fazer um concurso com a minha amiga Dora, e ela me contou uma historia que se tivesse acontecido comigo acabaria em termino de namoro. Uma vez eu escrevi sobre homens que não gostavam de mulheres fortes, e um fora que levei por causa disso; Dora assim como eu é uma mulher forte, técnica em mecânica automotiva pelo Senai, e teve a sorte, ou não, de encontrar um namorado que, aparentemente, não se importa com isso.
Minha amiga e Isaac estão a 4 anos juntos, sendo que dois anos foram no ‘’fode, mas não sai de cima’’ ( Pra que não entendeu, eles não namoravam, mas um era propriedade do outro, eles ficam juntos, eram melhores amigos e coitado da Vadia ou o Garanhão que se aproximasse de um dos dois), nesse primeiro período ele aprontou coisas com ela que não tem perdão, e mesmo ele sendo meu melhor amigo eu não me atrevi a defende-lo.
Não foi sobre a relação conturbada dos dois que eu vim falar, mas sim sobre atitudes tomadas por uma das partes de qualquer relacionamento que merece uma seria reflexão se realmente vale a pena continuar juntos. O que aconteceu entre os foi foi o seguinte: Quando abriu o edital do concurso ele disse que não queria que ela se inscrevesse para o cargo em questão por se tratar de algo muito masculino, ela aceitou, mas a mãe de Dora foi e a inscreveu do mesmo jeito. Ontem a noite, quando eles estavam conversando, ele falou que tinha uma coisa pra resolver em Camaçari, mas assim que resolvesse eles iriam para o cinema, ela desconfiou, pois no domingo, Camaçari todo fica fechado, mas não disse nada.  Na madrugada de hoje mãe de Dora a acordou dizendo que hoje era a prova do concurso, ela assumiu que tinha se esquecido completamente e teve como reação inicial ligar para Isaac para falar para ele ir fazer a prova em vez de fazer o que ele tinha dito que ia fazer, mas ele não a atendeu, e quando conseguiu falar com a sogra, descobriu que o compromisso dele em Camaçari era o próprio concurso.
Quando no encontramos na escola que ela me contou isso, eu fiquei revoltada, até mais que Theodora. Só que as coisas não pararam por aí, depois que ela chegou em casa descobriu que seu noivo tinha dito a mãe dela que tinha passado a semana toda falando do concurso e que tinha lembrado a ela. Quando ela me ligou e contou isso eu disse que era pra ela terminar sem nem pensar duas vezes, pois ele sabia que ela ia fazer o concurso, percebeu que ela tinha esquecido, mentiu para ela e para a mãe dela, a troco de quê? Absolutamente nada, ou talvez ele que quisesse que ela não conquistasse a própria independência, e talvez assim ela dependesse dele depois de casados.
A atitude dele foi deplorável, mas não para por aí, ela está doente e na semana que Dora foi fazer os exames para saber qual o nível da gravidade da sua doença ele não se deu nem ao trabalho de ir visita-la, e quando foi, na véspera de um outro exame que tinha um preparatório extremamente agressivo ( no qual ela tinha que ficar dois dias sem comer, tomando apenas suco diluído em litros de laxante, deixando-a desidratada) ele a levou para um restaurante e ficou pirraçando-a por que sabia que ela não podia comer e estava morta de fome e tonta; Dona Maria Marta, mãe de Theodora, falou com a filha sobre o comportamento dele e a falta de preocupação, Dora ainda tentou justificar a falta de visitas com o fato dele estar completamente atarefado com o trabalho.
Quando eu paro pra analisar essa situação só me vem uma coisa na cabeça: ‘’ Está na hora de por um fim nessa relação!’’, no ultimo ano eu tenho visto a minha amiga mentindo para ela mesma, acreditando num relacionamento perfeito que não existia, e passando noites chorando por causa de coisas que ele aprontava com ela por motivos do qual ela não tinha culpa nenhuma. Não adianta tentar empurrar o namoro ou noivado com a barriga, viver um relacionamento totalmente unilateral, é necessário ter a sabedoria para ver quando é a hora de por fim em algo que não está dando certo e seguir em frente.

Sei que muitos vão dizer que é fácil meter a colher no relacionamento dos outros. Por isso que desejo, do fundo  do meu coração saber a hora de por ponto final num romance, caso seja necessário.