Sobre o TJBA, motivação e liberdade.

Pra tudo na vida é preciso de motivação, sabe, aquela força interior que te faz correr atras de algo? Bem, até hoje só tive motivação para comer e parar de comer,só que definitivamente não vim aqui para falar dos meus distúrbios alimentarem, mas sim para falar do que começou a preencher os meus dias: O desejo de ser livre. 

Isso pode parecer muito relativo, e realmente é. Ser livre tem significado diferente para cada um, mas para mim a liberdade tem um sabor nunca provado. Eu sempre fui criada dentro de uma bolha de vidro "não pode chegar em casa depois das 21:30h", "Não pode beber", "não pode dirigir fora do condomínio" (essa foi o cumulo do ridículo, tirei a carteira de motorista e não posso nem ir ao mercado com o carro), "Não pode ir a shows"... Acho que já consegui ilustrar à vocês minha vida patética. Definitivamente eu cansei de viver desta forma, com regras impostas para tudo o que venho  a fazer; pensei muito e conclui que a unica maneira que tenho de fugir desta situação é ingressar na carreira publica. 

Admito que ser funcionaria publica nunca fez parte dos meus planos, entretanto a ideia de ter estabilidade financeira foi decisiva para que eu me dedicasse a estudar para a prova do TJBA. Todos os dias sonho coma minha aprovação, pode parecer bobo, mas nos meus devaneios eu tenho o seguinte dialogo com a minha mãe:

''-Mão, vou chegar as 22h

-Não, você sabe que seu horário é as 21:30h

-Então me ponha para fora de casa, Mãe. Sou funcionaria publica, se me por para fora eu vou e não vou voltar. Vou chegar as 22h, te amo.''

Pode parecer bobo, mas pra mim é uma carta de alforria.

Estava conversando com meu amigo sobre isso, ele disse que pelo o que ele me conhecia, mesmo me libertando continuaria a viver como uma prisioneira, simplesmente ri e disse que ele estava certo. Logo em seguida ele me perguntou por que me dedicar tanto para a prova se era pra continuar levando a vida que levo.  A resposta que dei a ele faço questão de compartilhar com o mundo. Não fazer por não querer é diferente de não fazer por não poder, na primeira opção eu tenho a escolha e é por esse direito de escolher que eu tanto venho lutado.  Uma coisa é casar virgem por que sou obrigada por meus pais, outra coisa é me unir em matrimonio tão donzela  quanto eu nasci devido a minha escolha;  chegar em casa cedo por estar afim de assim o fazer é diferente de ter a obrigação de chegar antes horário do toque de recolher. Tenho a plena ciência de que, muito provavelmente, irei continuar a viver a minha vidinha sem sal, sem graça e sem tempero, mas viverei assim por escolha e não por ter sido-me imposto. 

Agora vou retornar aos meus estudos, pois estou sendo motivada pelo maior impulso que um ser humano pode ter, o desejo de liberdade. 

Prefiro namoro à pegação

Tem algum tempo que eu estou solteira, prestem atenção, disse solteira e não sozinha. Estou na época dos encontros as escuras; uma vez por semana eu tenho um encontro com um algum primo ou irmão das minhas amigas, ainda não achei meu príncipe encantado, mas, pelo menos, eu tenho algumas historias divertidas para contar.

Minha mãe disse que o problema de não arrumar um namorado é que sou muito exigente, mas, sendo franca, só espero que o cara tenha todos os dentes e saiba escrever, entretanto, encontrar um cara que domine as normas gramaticais da língua portuguesa está mais difícil que ganhar na loteria. Devido a dificuldade de encontrar um garoto que tenha prestado atenção nas aulas de português  eu decidi me divertir, sim um pouco de diversão não faz mau a ninguém, principalmente quando se está sozinha.  

Nunca fui o tipo de garota que busca carinhos nos braços de algum faleno e agora que , por acaso do destino, os falenos estão se aproveitando da minha carência, posso afirmar categoricamente que  esses afagos não são tão bons quando os braços de meu Heleno. Não vou começar um discurso moralista, na verdade vou ser bem imoral.  Quando fico com um cara por ficar, é como ter uma torta de limão nas mãos e só poder dar uma mordida, fico com mais vontade ainda; agora, ficar com um namorado é bem diferente, é poder comer a torta inteira e de quebra ganhar uma barra gigante de chocolate.

Lembra dos amassos que você deu no colega de faculdade? Agora recorde da porta as sala abrindo por segundo, dá par fazer alguma coisa? Não. Já com o namorado, você já tem intimidade, local, privacidade e tempo para parar unicamente quando estiverem saciados.

Meu ultimo namorado, Kraz, tinha um fogo. Eu sempre gostei de banheiros, e quando nós nos trancávamos lá dentro nem uma ducha gelada diminuía o calor dos nossos corpos. Com um ficante qualquer não dá pra você ficar  da mesma maneira,  ser tão sem pudores, e só parar quando matar a vontade.

Quando lembro de Kraz, chegando por trás, me jogando na mesa, sobe um fogo; fogo que não pode ser apagado por um peguete.  

Vou procurar um novo ‘’amor’’ (com todas as aspas do mundo), mas enquanto isso me contentarei um acalento, um afago de um faleno qualquer; pois é exatamente como a minha Mãe diz: ‘’É melhor tirar só uma prova da torta de Limão, do que só ficar na vontade esperando o dia que você vai poder comer ela inteira.’’

O mundo está perdido.

O apocalipse está próximo, serio! Hoje venho falar com vocês como Daniele, não a personagem depravada e extrovertida que assina minhas crônicas, mas sim a a garota de 19 anos, tímida, nerd, que só beijou 9 garotos em toda vida (4 deles foram apenas selinho) e virgem. O mundo está perdido, as pessoas perderam os valores, e definitivamente, esse não é o mundo que quero criar os meus filhos. 

Quando comecei a escrever, eu acreditava que as pessoas queriam ler sobre amor, mas com pouco tempo percebi que os romances não interessavam a ninguém, percebi que vocês queriam ler sobre traição, sexos, drogas, e violência. Os temas que mais chamam a atenção dos leitores de cronicas são aqueles que relatam a realidade (O que é esperado de cronicas, um olhar peculiar da realidade; estou repetindo palavras, sei, peço perdão por isso), mas que porra de realidade é essa que estamos vivendo? Cadê a fidelidade, a castidade e o não uso de drogas?

Hoje quero falar sobre o que tenho me calado durante alguns anos:

Castidade: Na atualidade uma garota que diz querer casar virgem não arruma namorado, fora o bullying constante, eu digo isso com autoridade, pois passo na pele. Essa é uma escolha minha, desejo respeito, gostaria que parasse de falar que vou dar para a cidade Baixa inteira depois da minha primeira vez, fui educada para ser mulher de um homem só, igual a minha mãe e minha avó; e, por favor, parem de falar que estou criando teia de aranha!

Bebida: Vivo num tempo que Álcool é sinônimo de diversão (não vou ser hipócrita de dizer que nunca bebi, pois seria mentira),só que definitivamente não preciso ficar a beira de um coma alcoólico para me divertir.

Drogas: Parece que está na moda fumar maconha, usar o pó, pedra ou bala; Não quero nem comentar sobre isso, pessoas que fazem essas coisas para se enturmar precisam de um acompanhamento psicológico. 

Respeito ao próximo: Produção, para tudo! Ninguém mais se respeita, já se foi o tempo que os filhos chamavam os pais de Senhor e Senhora, qualquer coisa é motivo para mandar o outro tomar em determinados lugares, nem ''Bom dia'' as pessoas se dão mais. 

Fidelidade: Essa é uma das coisas que eu acho importante num relacionamento, mas se você é fiel vira motivo de piada pela sociedade. Até hoje minhas amigas riem da minha cara pelos chifres que colocaram na monha testa e eu fiz questão de nunca retribuir. Enquanto isso a traição está sendo super valorizada, quem vai entender isso?

Violência: Acho engraçado esses homens que se sentem mais másculos quando arrumam briga ou batem nas suas parceiras (Sim, Caio, esta é uma indireta pra você). Mas não é só a violência nos relacionamentos sobre que eu quero falar, mas sim a gratuita e cotidiana. Onde já se viu dar um tiro em alguém só por causa de uma multa?

Eu poderia passar a noite inteira falando sobre coisas que me incomodam, entretanto, se fizesse isso, vocês iriam achar a Daniele por trás da personagem chata e não dariam credito aos meus raros romances água com açúcar. Só peço que, por gentileza, revejam os seus valores, pois se continuarmos do jeito que está não temermos um mundo legal para criar os nosso filhos.

Sobre peitos pequenos e o amor próprio.

Sofri bullying no colégio, serio, hoje em dia quando conto ninguém acredita, mas realmente sofri bullying de todas as formas e por todos os motivos, mas o que mais abalou a minha feminilidade foram as piadas por ter seios pequenos. Pequenos,eu disse pequenos? na verdade eu sofria de ausência quase completa de seios. Duas costas, Maria sem peito, tabua de passar roupas eram meus apelidinhos mais comuns. Minhas tetas não faziam nenhum movimento, nem mesmo na aula de jump, na qual eu pulava igual um canguru no cio, lá estavam eles, firmes e rígidos. 

Sempre quis que meus seios quicassem durante uma corrida, mas isso nunca aconteceu, pra falar a verdade, eu queria tanto ter seios grandes que cheguei a comer um tubo de pasta de dentes por dia (me disseram que fazia o peito crescer).  Bojo, meia, guardanapo, toalha de rosto, tudo que se é possível e imaginável eu já coloquei dentro do meu sutiã, isso quando eu usava apenas um, por que geralmente usava dois ou três, pra dar mais volume. Tudo, menos os meus peitos, enchiam meus sutiãs. Tutoriais que ensinam como aumentar o volume dos seios, já tentei todos, só que hoje eu estou liberta da ditadura das "Super Tetas".

Realmente cheguei a acreditar que nunca despertaria o desejo de homem nenhum por ter peitos pequenos. Só que a vida tilha caminhos que a filosofia desconhece; estava na casa do cara mais lindo e gostoso do colégio e começamos a ficar, de repente, quando percebi estávamos trancados no banheiro, já sem blusa, e Talles tentava tirar meu sutiã. Fiquei desesperada, assim que aquela peça fosse arrancada minhas micro tetas ficariam de fora, estava a alguns segundos de morrer por vergonha, só que algo que eu não esperava aconteceu; Talles ficou me olhando, admirado, pegou com força e disse que nunca tinha visto seios tão lindos.  Essa foi a primeira vez que eu me senti mulher sem precisar ter um par meias dentro do sutiã. 

Depois que me foi dada a carta de alforria da escravidão dos peitões, me libertei dos sutiãs, e descobri o quão sou sexy. Hoje em dia não penso mais em colocar silicone, meus seios continuam pequenos, mas vejo minhas amigas, tão novas, que estão reclamando que os seus já caíram, ou minha irmã que fez a cirurgia de redução e tirou 883ml de peito; enquanto eu posso me dar o luxo de usar costas nuas, decotes cavados e até, no ápice da minha indecência, transparências sem sutiã. 

Hoje sou feliz, vivendo a minha ousadia e rebeldia. Não nego que em alguns momentos ainda desejo ter seios maiores, mas atualmente digo com toda convicção que me amo o suficiente para não me mudar e o bastante para não querer mais colocar silicone. A unica coisa que desejo é que mais garotas gostem mais de si, aceitem seus corpos e vivam sem medos e vergonhas. 

Receita do desapego

Luana: Amiga, seu boy já viajou?

Daniele: Já, mas eu meio que me desencantei

Daniele: Desapega, desapega, OLX!  Kkkkk

Luana: Nem diga. Tenho um serio problema com desapego.

Daniele: Uma coisa que eu aprendi é que tenho que me apegar só a família, os amores ou lhe dão corno ou vão pra Coréia

Luana: Excelente filosofia de vida... Muito inteligente, to precisando fazer com que meu coração absorva isso!

Daniele: É  que nem Pablo Neruda diria se estivesse bem resolvido emocionalmente: "O amor é longo, o esquecimento é curto/instantâneo" , mas ele estava bêbado, ai trocou as bolas kkkkkk

Luana: Trocou total. Eu mesma já li ao contrario instintivamente

Daniele: Ele estava bêbado quando escreveu, por isso que eu cito ta maneira q ele escreveria se estivesse sóbrio. Kkkkkkkkk

Luana: Veja o lado poético da coisa, tente amolecer esse seu coração de pedra! Kkkkkk

Daniele: Meu coração é mole, mas não tenho vocação pra sofrer mais não, já sofri demais; como diz Musset, outro bêbado, “Quem amou traz marcada uma cicatriz” e eu ja tenho a minha, não quero outra kkkkkk

Luana: Ai que bonito *-* Você está super certa, amiga! Depois me passa a receita!

Daniele: Ingredientes:

-1 coração partido

-1 noite de choro

-2 semanas ouvindo Olhos nos olhos

-1 punhado de Gatos, gostosos com pegada pra te lembrar que vc é linda e Diva

-Amor próprio à gosto

Modo de preparo:

Pegue o coração partido e deixe de molho na uma noite de choro.  Na manhã seguinte faça o coração absorver o que Chico Buarque disse, e que muitas águas rolaram e que muitos homens vão te amar bem mais e melhor que o dito cujo.

Baseado no que Chico disse, permita que os Gatos, gostosos com pegada inflem seu ego e se deixe pegar cantando sem mais nem porque.

Depois de tudo isso leve seu coração ao forno bem quente por 15 minutos e ao tirar do forno, com o coração ai da quente, pode despejar o amor próprio.

Luana: Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Luana: Arrasou! Essa é a dica mais contundente da minha vida

Obrigada Lorena, por dar essa cronica quase pronta pra mim.

25 pensamentos antes de um encontro arrumado na internet

1- "Não estou tão na seca para procurar alguém na internet''

2- "Esse Tinder e esse Badoo até que são legais."

3- "Oba! Tá chovendo gringo por causa da copa!"

4- "Será que esse cara é de verdade? Ele é bonito e inteligente demais para estar solteiro."

5- "Como vou saber se ele não está mentindo? Hora da pesquisada básica.... No Facebook descobri o nome completo, na lista de aprovados na UFBA descobri o RG, como RG confirmei que ele não tem antecedentes criminais... Abençoado Facebook! Descobri a empresa qu ele trabalha, agora vou ligar para empresa e descobrir qual é a media salarial dele!''

6- " Vou mandar a minha amiga ir na UFBA para colher informações dele."

7- "Carina descobriu que ele é da mesma sala de Ciências do Ambiente que Alberto, nossa como o mundo é pequeno!"

8- " Alberto disse que ele é um cara tranquilão."

9- "OK! Vou marcar um encontro com ele, mas em um lugar publico, vai que ele é um Serial Killer? Cinema é a melhor opção!"

10- "Que roupa eu vou usar? Nada decotado ou curto, não posso deixar ele descobrir que eu estou desesperada. Para tudo! Eu NÃO estou desesperada!"

11-  " Não vou dar no primeiro encontro, mas por via das duvidas é melhor por uma lingerie delicada."

12- "Ele está dois minutos atrasado! Será que ele não vem?"

13- "Finalmente ele mandou um sinal de vida! Deixa eu responder logo esse Whatsapp. Vou dizer que já estou esperando ele na Saraiva na seção de direito; me escondo na de gastronomia e se não gostar dele saio a francesa!"

14- "Jesus, que homem é esse? Alem de bonito e educado ele é cheiroso!"

15- "Ele vai para os EUA, pelo ciências sem fronteiras, no fim do mês. Que pena, eu já estava me apaixonando."

16- "Já estamos a duas horas conversando e ele não deu em cima de mim. Das duas uma: ou ele é gay ou eu não sou nada sexy!"

17- "Desisto! Esse homem não me quer. Vamos ficar só na amizade.''

18- "A sessão de cinema nem começou e ele já está segurando a minha mão. Que romântico! E eu aqui achando que ele era gay; quando acabar os traillers eu agarro ele!"

19- " Nossa, ele foi tão fofo quando me beijou! Tudo bem que ele não tem o melhor beijo do mundo, mas deu a entender que sabe fazer um oral maravilhoso!"

20- "Que lindo! Ele está passeando comigo pelo shopping de mãos dadas, parecemos até um casal apaixonado de namorados!"

21- "Ele foi tão gentil ao me levar em casa, quem, hoje em dia, leva alguém até em casa no primeiro encontro?"

22- "Quem, nos tempos atuais, liga para avisar que chegou em segurança? ele é o homem dos meus sonhos!"

23- "Ele quer me ver de novo. Quer que eu vá para a casa dele. Não irei! Sei o que a intensão dele é me comer; vou falar para ele que ele está sendo muito apressado!"

24- "Por que ele não insistiu? Nem ia fazer muito cu doce! Se ele tivesse pedido mais uma vez eu iria aceitar na hora!"

25- "Acho que esse romance desandou. Vamos ver se encontro mais alguém interessante na net!"

LEMBRETE: Não fazer cu doce quando perceber que o cara quer transar, já que eu estou querendo mais que ele.

Sabedoria para chegar so fim

Hoje fui fazer um concurso com a minha amiga Dora, e ela me contou uma historia que se tivesse acontecido comigo acabaria em termino de namoro. Uma vez eu escrevi sobre homens que não gostavam de mulheres fortes, e um fora que levei por causa disso; Dora assim como eu é uma mulher forte, técnica em mecânica automotiva pelo Senai, e teve a sorte, ou não, de encontrar um namorado que, aparentemente, não se importa com isso.

Minha amiga e Isaac estão a 4 anos juntos, sendo que dois anos foram no ‘’fode, mas não sai de cima’’ ( Pra que não entendeu, eles não namoravam, mas um era propriedade do outro, eles ficam juntos, eram melhores amigos e coitado da Vadia ou o Garanhão que se aproximasse de um dos dois), nesse primeiro período ele aprontou coisas com ela que não tem perdão, e mesmo ele sendo meu melhor amigo eu não me atrevi a defende-lo.

Não foi sobre a relação conturbada dos dois que eu vim falar, mas sim sobre atitudes tomadas por uma das partes de qualquer relacionamento que merece uma seria reflexão se realmente vale a pena continuar juntos. O que aconteceu entre os foi foi o seguinte: Quando abriu o edital do concurso ele disse que não queria que ela se inscrevesse para o cargo em questão por se tratar de algo muito masculino, ela aceitou, mas a mãe de Dora foi e a inscreveu do mesmo jeito. Ontem a noite, quando eles estavam conversando, ele falou que tinha uma coisa pra resolver em Camaçari, mas assim que resolvesse eles iriam para o cinema, ela desconfiou, pois no domingo, Camaçari todo fica fechado, mas não disse nada.  Na madrugada de hoje mãe de Dora a acordou dizendo que hoje era a prova do concurso, ela assumiu que tinha se esquecido completamente e teve como reação inicial ligar para Isaac para falar para ele ir fazer a prova em vez de fazer o que ele tinha dito que ia fazer, mas ele não a atendeu, e quando conseguiu falar com a sogra, descobriu que o compromisso dele em Camaçari era o próprio concurso.

Quando no encontramos na escola que ela me contou isso, eu fiquei revoltada, até mais que Theodora. Só que as coisas não pararam por aí, depois que ela chegou em casa descobriu que seu noivo tinha dito a mãe dela que tinha passado a semana toda falando do concurso e que tinha lembrado a ela. Quando ela me ligou e contou isso eu disse que era pra ela terminar sem nem pensar duas vezes, pois ele sabia que ela ia fazer o concurso, percebeu que ela tinha esquecido, mentiu para ela e para a mãe dela, a troco de quê? Absolutamente nada, ou talvez ele que quisesse que ela não conquistasse a própria independência, e talvez assim ela dependesse dele depois de casados.

A atitude dele foi deplorável, mas não para por aí, ela está doente e na semana que Dora foi fazer os exames para saber qual o nível da gravidade da sua doença ele não se deu nem ao trabalho de ir visita-la, e quando foi, na véspera de um outro exame que tinha um preparatório extremamente agressivo ( no qual ela tinha que ficar dois dias sem comer, tomando apenas suco diluído em litros de laxante, deixando-a desidratada) ele a levou para um restaurante e ficou pirraçando-a por que sabia que ela não podia comer e estava morta de fome e tonta; Dona Maria Marta, mãe de Theodora, falou com a filha sobre o comportamento dele e a falta de preocupação, Dora ainda tentou justificar a falta de visitas com o fato dele estar completamente atarefado com o trabalho.

Quando eu paro pra analisar essa situação só me vem uma coisa na cabeça: ‘’ Está na hora de por um fim nessa relação!’’, no ultimo ano eu tenho visto a minha amiga mentindo para ela mesma, acreditando num relacionamento perfeito que não existia, e passando noites chorando por causa de coisas que ele aprontava com ela por motivos do qual ela não tinha culpa nenhuma. Não adianta tentar empurrar o namoro ou noivado com a barriga, viver um relacionamento totalmente unilateral, é necessário ter a sabedoria para ver quando é a hora de por fim em algo que não está dando certo e seguir em frente.

Sei que muitos vão dizer que é fácil meter a colher no relacionamento dos outros. Por isso que desejo, do fundo  do meu coração saber a hora de por ponto final num romance, caso seja necessário.